Foto: Valquir Aureliano/Tribuna

O goleiro Cléber foi recebido
no Aeroporto Afonso Pena pela mulher e o filho Gabriel.

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A vitória contra o River Plate, em Buenos Aires, já virou história para o Atlético. Ontem, o time rubro-negro desembarcou em Curitiba voltado para o jogo contra o São Paulo, amanhã 16 horas, na Baixada, pelo Brasileirão. Também amanhã, mas em União da Vitória, o time B do Atlético estréia na ?Copa 100 Anos? contra o Iguaçu.

A vitória sobre os argentinos foi uma injeção de motivação, para dar mais moral no confronto com o tricolor paulista. ?Foi uma conquista histórica. Mas para nós, que sabemos da nossa capacidade, não foi nenhuma surpresa?, diz o goleiro Cléber, que fechou o gol no Monumental de Nuñez e garantiu o 1 a 0 a favor do Furacão.

Porém os jogadores não tiveram tempo para comemorar. Ontem mesmo, o elenco já entrou em concentração para a partida contra o São Paulo. ?Gostaria de ter uma folga para curtir essa vitória. Mas o mais importante foi que o time conseguiu um importante resultado?, ressalta o técnico Vadão.

O duelo contra o tricolor é encarada também como uma ?decisão? pelos atleticanos. ?Esse jogo representa muito. Temos que somar pontos para subir ainda mais na tabela.

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É uma grande chance de encostar no grupo de cima?, afirma Vadão. A partida foi adiada da 17.ª rodada, devido à participação dos paulistas na final da Libertadores. O outro confronto pelo Brasileirão neste final de semana é entre Paraná e Internacional, também adiado pela Libertadores, que teve o Inter como campeão. Se conseguir três pontos amanhã, o Atlético chega a 37 e assume a 7.ª posição na tabela geral.

Vadão deve repetir mais uma vez a mesma equipe que atuou nos últimos cinco jogos.

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A única dúvida é o lateral Jancarlos, que torceu o tornozelo contra o River.

Se ele não tiver condições, o espaço fica aberto para a estréia do experiente Evanílson com a camisa rubro-negra. ?Nossa preocupação é com a recuperação física do grupo, já que o time teve um desgaste muito grande. Mas estamos evoluindo?, diz o treinador.

Clássico nacional

O confronto entre rubro-negros e tricolores já ganhou ingredientes de clássico.

Os dois clubes disputaram jogos decisivos nos últimos anos, como no Brasileiro de 2001 e a polêmica final da Libertadores de 2005. Além disso, a disputa judicial pelo atacante Aloísio também acirrou a rivalidade entre os clubes.

Bons resultados, nos últimos jogos, motivam o torcedor

 

O Atlético só volta a jogar amanhã, às 16h, contra o São Paulo, em jogo adiado do 1.º turno do Brasileirão. Mas a agitação de ontem na Baixada era intensa. O movimento acontecia em três setores distintos no Joaquim Américo.

Nas bilheterias da rua Buenos Aires eram vendidos ingressos para o confronto diante do time paulista. Nos guichês ao lado da escadaria de acesso ao estádio, os torcedores faziam fila para comprar os bilhetes da partida de volta, dia 12 de outubro, às 19h15, contra o River Plate, pelas oitavas-de-final da Copa Sul-Americana. Num outro setor das bilheterias da Buenos Aires, a vez era dos fãs do grupo mexicano RDB, que faz show único em Curitiba, dia 5 de outubro.

As vendas dos ingressos para o jogo contra o São Paulo só começaram ontem. E a procura já era grande. Para facilitar a vida do torcedor o Atlético mantém ainda outros pontos de venda. A orientação é para que o atleticano evite adquirir ingressos de cambistas, que além de terem ágio, não são bilhetes confiáveis.

Para o jogo de volta contra o time argentino, o Rubro-Negro já havia registrado até ontem, a venda de 10 mil bilhetes.

A expectativa é de que a capacidade dos 23 mil lugares da Baixada sejam totalmente ocupados tanto para o jogo do São Paulo, como do River Plate.

Ainda ontem o Rubro-Negro comunicava que os 2.300 ingressos da torcida tricolor já estavam esgotados. Alguns locais de meio ingresso em outros setores também já haviam esgotados. Confira no quadro abaixo os locais de compra, assim como os valores dos ingressos dos jogos contra o São Paulo e River Plate.

Show mexicano

Enquanto isso os ?rebedetes? também vão tratando de garantir com tranqüilidade os bilhetes para o espetáculo musical do grupo RBD. Os ingressos estarão à venda até o dia do show, 5 de outubro, ou enquanto durar a cota, nas bilheterias do estádio, Rua Buenos Aires, 1260 – de segunda à sábado, das 10 às 19 horas, ou ainda através do Disk Ingressos, telefone: 3315-0808 ou 3323-1300.

Pedro Oldoni puxará o ataque em União da Vitória

O time B do Atlético embarca hoje rumo a União da Vitória, onde enfrenta o Iguaçu, na estréia da ?Copa dos 100 Anos?. O grupo que disputará o torneio é composto de atletas da categoria de juniores, e jogadores do time principal que não vêm sendo utilizados pelo técnico Vadão.

Alguns jogadores que viajam hoje ao interior são conhecidos da torcida Rubro-Negra. O goleiro Vinícius, o zagueiro Alessandro Lopes, o volante Marcos Vinícius e o atacante Ricardinho já participaram de jogos da equipe principal. O treinador é o ex-comandante dos juniores, Leandro Niehues.

O atacante Pedro Oldoni também participará da partida de amanhã. Segundo Niehues, o atacante, vice-artilheiro do Atlético no Brasileirão, com seis gols, não está efetivado no time B. ?O caso dele será analisado semana a semana?, diz o treinador. Na mesma situação está o zagueiro Guilherme, recentemente contratado pelo Furacão. Ele estréia com a camisa rubro-negra contra o Iguaçu, mas deve ser chamado por Vadão para compor o grupo principal.

Preliminar no tapetão: Atlético x Aloísio

O duelo entre Atlético e São Paulo terá preliminar na Justiça do Trabalho. Hoje à tarde, a juíza Simone Galan de Figueiredo, da 1.ª Vara do Trabalho de Curitiba, vai proferir sentença sobre a disputa envolvendo os dois clubes e o atacante Aloísio.

A confusão começou quando o Atlético emprestou o atacante ao São Paulo por três meses, para a disputa do Mundial de Clubes do ano passado. Após o fim do empréstimo, o jogador não voltou ao Furacão, que acionou Aloísio na Justiça do Trabalho.

O time do Morumbi e os advogados do jogador dizem que apresentaram à juíza documentos que comprovam que o Atlético tinha um contrato de empréstimo até 5 de dezembro de 2005. Segundo o time paulista, os direitos contratuais de Aloísio pertenciam ao Rubin Kazan, da Rússia, clube que o atleta defendeu antes de se transferir para a Baixada.

Para liberá-lo ao tricolor paulista, o Rubro-Negro exigiu que o atacante assinasse um novo contrato, mas não teria chegado a um acerto com os russos. O São Paulo, então, negociou diretamente com o Rubin e definiu a contratação do jogador. Os paranaenses tentam na Justiça comprovar que são os donos dos seus direitos federativos. No entanto, para São Paulo e Aloísio, o Rubin Kazan era o detentor antes de negociá-lo com o clube do Morumbi. Os advogados de Aloísio estão certos de uma decisão favorável. ?Será uma audiência de mera formalidade. A juíza já decidiu e vai apenas ler sua sentença. Não tem como o Aloísio perder. Nossas provas são muito contundentes?, acredita o advogado do atacante, William Castilho, em declaração à imprensa paulista.

Enquanto isso, Aloísio se recupera de uma contusão muscular na coxa direita e pode voltar a jogar justamente contra o Atlético, amanhã, na Baixada.