O Atlético tenta hoje uma vaga nas oitavas de final da Copa Sul-Americana no jogo de volta contra o Flamengo na Arena da Baixada, às 21h50. Mas para isso, precisa de uma vitória por dois gols de diferença. Se vencer por 1×0, a decisão vai para os pênaltis, qualquer outro resultado dá a vaga ao time carioca.
E ainda que não priorize a competição, Renato Gaúcho faz mistério total. Ele admite que deve repetir o time do primeiro jogo com o Flamengo, apenas com reservas, mas ontem chegou a impedir que fossem feitas filmagens, mesmo do portão do CT do Caju, causando certa indisposição entre a segurança, fotógrafos e cinegrafistas.
Mesmo com tanta precaução para esconder o jogo, Renato não tem muito mistério para fazer, com uma equipe bem reduzida e sem os titulares, as opções são poucas e a escalação fica evidenciada pelos desfalques.
A maior novidade deve ficar por conta do ataque, com Adaílton voltando a ser titular e com possibilidade de Fransérgio fazer dupla na frente. O volante já foi escalado por duas vezes na posição no Brasileiro. O treinador não confirma, mas dá pistas.
“O Fransérgio, no momento que ele começar a treinar neste setor, tem grandes possibilidades de evoluir bastante. É um jogador que cabeceia bem, sabe fazer bem o pivô e chuta bem. No meu entender, é um jogador que tem todas as características para jogar de atacante. É só ele querer, botar isso na cabeça e treinar”, enfatizou Renato Gaúcho.
E o treinador usa a própria experiência como “descobridor” de nova colocação de jogadores para justificar que Fransérgio pode ter nova função no futebol. “Dou o exemplo do Cícero, que hoje está no São Paulo. Na Libertadores de 2008, no Fluminense, eu usava ele no começo do jogo como cabeça de área e no momento que eu precisava de resultado melhor colocava lá na frente e fez vários gols”, contou Renato Gaúcho.
Fransérgio não se incomoda de atuar fora da sua posição de origem. O que o volante quer é estar entre os titulares. “O futebol é versatilidade e se você consegue atuar em mais de uma função é bom, tanto para o próprio jogador quanto para o clube. Essa alternativa de jogar em mais de uma posição abre um leque de opções para o treinador, o que em vários momentos da temporada é importante”, disse Fransérgio.