Atlético cumpre tabela e faz apresentação razoável

Sem compromisso algum com o resultado – na noite de sábado, as vitórias de Paraná e Figueirense eliminaram a oportunidade de o Rubro-Negro lutar por uma vaga na Copa Sul-Americana -, o Atlético se despediu do campeonato brasileiro com um honroso empate em 2 a 2 com o Paysandu, jogando diante de quase 50 mil torcedores, no Mangueirão.

Com o resultado, o clube encerra sua participação no Brasileirão 2003, em 12.º lugar, somando 61 pontos ganhos, uma das piores campanhas dos últimos anos – só comparável com 1994, ano em que a equipe ficara sem título e ainda estava na segunda divisão do nacional.

Já o Paysandu fez apenas o suficiente para não ser rebaixado, pois encerra a competição na 22.ª posição, com 49 pontos – à frente apenas de Fortaleza (49 pontos, mas com três vitórias a menos) e Bahia (46 pontos).

A despedida começou com uma ameaça de goleada contra o Atlético, pois o primeiro tempo pode ser dividido em duas fases. Nos primeiros 30 minutos, o Paysandu fez o que quis em campo. Concentrado e buscando um resultado positivo para fugir do rebaixamento, o time da casa fez o dever de casa, e marcou pressão na saída de bola do Rubro-Negro, que se mostrava nervoso com o sufoco que sofria. O resultado foram falhas da defesa, que deixou louco o goleiro Diego. Ele salvou o time nas duas primeiras chances claras do Papão. Mas na terceira, falhou clamorosamente, ao deixar uma cobrança de falta, despretensiosa, de Souza, encobri-lo.

O gol acendeu ainda mais os donos da casa, que seguiram pressionando. O resultado foi o segundo gol, em outro lance de bola parada. Vélber cobrou falta no meio da área, e Jóbson teve o trabalho de desviar de cabeça, quando Diego se preparava para alcançar a bola.

O Atlético foi começando a engrenar, e criar chances. E o jogo ficou mais aberto, com as duas equipes procurando o gol. Mas foi o Atlético, já muito mais estruturado em campo, quem iniciou a reação. O primeiro gol surgiu da “malandragem” e experiência de Alex Mineiro, que recebeu lançamentou de Fabrício já dentro da grande área, deslocou o zagueiro André Dias com o corpo e, matando a bola no peito, deu um giro rápido e apenas escolheu o canto esquerdo de Alexandre Fávaro.

O Paysandu seguiu sem muita objetividade, e o Atlético começou a acreditar mais no seu ataque. E foi num lance magistral, pela esquerda, com a bola passando por quatro jogadores, em ritmo de contra-ataque, que o empate apareceu no placar. Jádson recebeu de Bruno Lança, e acionou Fabrício, que tocou rápido para Alex Mineiro. O atacante esperou o momento certo para tocar com categoria para Jádson invadir a área, livre de marcação, “pentear” a bola para deixar Alexandre Fávaro estatelado no chão e, já quase sem ângulo, rolar ela mansinha para o fundo da rede. Um golaço.

No segundo tempo, os dois times tiveram posturas completamente distintas. Enquanto o Paysandu estava mais preocupado com os resultados de outras praças, o Atlético fazia o “arroz-com-feijão” para deixar o tempo passar.

O minuto final do jogo foi o retrato do medo do Paysandu: com a bola sob seus domínios, o time ficou trocando passes entre a intermediária de sua defesa e a linha que divide os dois campos, contando ainda com a complacência dos atacantes e meias atleticanos, que ficaram em seu campo de defesa.

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