O ano de 2015 está acabando e os torcedores de Atlético, Coritiba e Paraná não veem a hora disto acontecer. Mais uma vez a temporada não foi nada positiva para o Trio de Ferro, que novamente viu o interior comemorar o título do Campeonato Paranaense e ainda por cima fez um Brasileirão angustiante. Sem contar as eliminações na Copa do Brasil e na Sul-Americana.
Assim como em 2014, o maior feito foi do Furacão, que terminou o Campeonato Brasileiro no meio da tabela. Mas ainda assim o Rubro-Negro passou por momentos complicados ao longo de 2015, como as eliminações para Tupi-MG e Sportivo Luqueño, ter disputado o Torneio da Morte do Paranaense e ter amargado uma sequência de nove jogos sem ganhar no Brasileirão.
Torcida alviverde sofreu como nunca até o último minuto. |
Esse momento de crise atleticana, aliás, refletiu algo que foi comum entre os três rivais. Todos tiveram uma significativa troca de treinadores ao longo do ano. O Atlético teve quatro comandantes (Claudinei Oliveira, Enderson Moreira, Milton Mendes e Cristóvão Borges), enquanto o Coxa teve três (Marquinhos Santos, Ney Franco e Pachequinho) e o Tricolor outros quatro (Luciano Gusso, Nedo Xavier, Fernando Diniz e Fernando Miguel).
O caso do Alviverde talvez possa ser considerado o pior. Depois de uma boa primeira fase no Estadual, chegou à decisão como grande favorito, mas foi atropelado pelo Operário, o que deixou várias dúvidas em relação à qualidade do elenco para o Brasileirão. Fato que se comprovou. Das 38 rodadas, o Coritiba esteve na zona do rebaixamento em 24 delas, se livrando da degola de fato apenas na última rodada. Em meio a erros e acertos, o clube contratou este ano 21 reforços. Alguns, inclusive, foram embora no meio do ano mesmo, como o volante Pedro Ken e os atacantes Wellington Paulista e Giva.
Torcida paranista amargou mais um ano na Série B. |
Mesmos erros
Falhas repetidas à exaustão pelo Paraná. Só para a Série B, o time paranista trouxe 26 jogadores. Sem contar as contratações no início do ano, que, somadas, passam das 40, em uma única temporada. O alívio financeiro que o clube teve este ano, principalmente com o suporte do grupo Paranistas do Bem, deu confiança excessiva ao então presidente Luiz Carlos Casagrande, que chegou a afirmar que o Tricolor confirmaria o acesso à Série A com três rodadas de antecedência. Porém, neste momento da Série B, o time, perdido em meio a filosofias de trabalho, ainda era ameaçado pelo rebaixamento para a Série C.
Desta forma, 2015 passará sem deixar saudades, pelo menos para os torcedores. E não dá nem para afirmar que ficaram as lições para o futuro, pois na soma de tudo, 2015 foi pior que 2014, que já havia sido pior que 2013. Ou seja, só uma reformulação geral para fazer com que a torcida confie que em 2016 tudo será diferente.