Depois de um ano sofrível, a torcida do Atlético foi presenteada ontem com um jogo comemorativo aos dez anos de conquista do Campeonato Brasileiro de 2001 e não só pode reencontrar os ídolos que lhes deram o maior título da história, como também rever alguns nomes que em 1995 iniciaram a nova fase atleticana com a conquista da Série B. E em meio aos campeões, alguns ídolos de outras temporadas como Alan Bahia, Marcão, Jadson e Fernandinho complementaram a festa.
Muito longe das alegrias que deram à torcida, desta vez os matadores como Alex Mineiro, Kleber e Paulo Rink não repetiram as atuações brilhantes, mas nada disso importava. Só estar perto dos ídolos já era motivo para festa e não só nas arquibancadas, o reencontro dos campeões foi emocionante também para eles. Marcão, que não estava em nenhum dos dois times, pertencendo ao grupo de ídolos de 2004 e 2005, teve que segurar a emoção.
“É difícil! Tem que segurar a emoção porque é muito bom rever amigos de muitos anos, voltar a jogar na Arena, vestir a camisa do Atlético”, disse Marcão.
Muitos ídolos mostraram que estão fora de forma, até pelo que a aposentadoria já lhes permitiu, assim, os poucos grandes lances viraram motivo para aplausos e comemoração da torcida, bem como as jogadas bizarras também. Era tudo festa ontem. E receber os aplausos na Baixada, seja por conquistas ou apenas por reconhecimento ao que já proporcionaram ao clube, mexeu com as lembranças dos jogadores.
“É gratificante é só temos que agradecer por tudo, pelo carinho hoje e na conquista maravilhosa, que não foi à toa. Lutamos e sofremos junto com a torcida que é maravilhosa e foi importante para nos consagrarmos campeões”, destacou Kleber, que foi parceiro de Alex Mineiro no ataque de 2001.
E meio a festa, agradecimentos, os ídolos que já foram responsáveis por grandes alegrias da torcida e por ajudar a escrever a história do clube, cobraram e lamentaram o rebaixamento à Série B. Fator que marca o retrocesso do time justo no ano que era para ser apenas de comemorações no Furacão. Donos de parte da história, os jogadores também sofreram com a queda.
“Sabemos que foi um ano difícil, complicado, os jogadores que aqui estavam não queriam que o clube fosse para Segunda Divisão, mas infelizmente estas coisas acontecem. Da mesma forma que fomos campeões, a decepção também foi grande com a queda”, disse Alex Mineiro.
“Sempre acompanho de longe e torço para que o Atlético fique lá em cima que foi onde deixamos o clube. Mas, no futebol se não tiver planejamento, comprometimento dos jogadores, principalmente, não chega a lugar nenhum. Acho que faltou um pouco dessas duas coisas”, disse Alessandro, lateral-direito campeão de 2001.
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