Estaria o Atlético se transformando em um time previsível? A pergunta que não quer calar é estimulada pelas três atuações recentes da equipe que terminou o 1.º turno como a sensação do Campeonato Brasileiro. Após a arrancada que o tirou da ZR e o levou para o G4, o Furacão sofreu para ganhar do Santos na Vila Capanema, empatou por 0 x 0 contra o Vasco e voltou a empatar contra o Fluminense (1 x 1). Nestas partidas, o Rubro-Negro deixou a torcida – até então mal acostumada – com a pulga atrás da orelha.

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Uma explicação é que o Atlético está pagando o preço por estar na vitrine do campeonato, ou seja, destacou-se e os adversários passaram a estudá-lo. Os primeiros a sentir a reação dos rivais foram os armadores Everton e Paulo Baier. Minados pela marcação, ambos caíram de produção. Com isso, a bola já não está chegando mais tão redonda na frente, levando a equipe a uma acentuada queda de produtividade. Some-se a isso, a marcação que os atacantes Éderson e Marcelo passaram a receber. Principalmente o camisa 77 rubro-negro, que é o artilheiro da competição com 13 gols.

Contra o Fluminense, apesar de ter balançado as redes, Éderson não foi nem de perto o jogador de outras jornadas. A ponto de a situação ter levado o técnico Vagner Mancini a acender a luz amarela. O comandante do Rubro-Negro admite que algo de novo terá que ser feito para a seqüência do Furacão no Campeonato Brasileiro. “Nós viemos lá de baixo. Era uma equipe que causava surpresa e agora é realidade. Então, algo novo vai ter que ser feito. Talvez o esquema tático ou a mudança de jogadores, pois durante o campeonato há oscilação de atletas. De repente, a gente tem que mexer na equipe. Às vezes pelo estado físico, às vezes pelo desgaste”, admitiu o treinador.

Porém, se por um lado o Atlético já está previsível nas suas jogadas ofensivas, por outro a defesa atleticana segue irretocável. Aliás, é ela quem – desde o jogo contra o Santos – tem sustentado a invencibilidade do Furacão. Mas como zaga boa não ganha jogo, e nem campeonato, Mancini já estuda alternativas para superar as retrancas dos rivais. “Há a necessidade de apresentar alguma coisa diferente. Todas as equipes estão observando o Atlético jogar e podem fazer como o Fluminense. Vamos ter que apurar melhor aquilo que pode surpreender, para que a gente possa sair da marcação ou apresentar um fato novo que possa nos manter até o fim no G4”, cravou o técnico.

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