Atlético começa a fazer as contas

Flertando com a zona de rebaixamento desde a 14.ª rodada, no final de semana o Atlético integrou o desagradável grupo da degola e ocupa atualmente a 17.ª posição no Brasileirão. Nem mesmo o início do 2.º turno, que era apontado por todos no clube como ?a hora de dar a volta por cima?, serviu para a equipe acordar. O Rubro-Negro está há três partidas sem vencer, não soma três pontinhos fora de casa há mais de dois meses e vê a cada rodada a situação se complicar. A última vitória longe da Arena foi contra o Palmeiras, em 24 de junho, e dos próximos quatro compromissos do Atlético, três deles serão na casa do adversário. Para piorar a situação, o site infobola.com.br, especializado em futebol, traz o indicativo de que o Furacão já tem 44% de chances de cair para a Série B.

Começar a fazer as contas para fugir do rebaixamento não era exatamente o que o Atlético pretendia para este ano. Dentro do planejamento do clube estava a conquista de uma vaga para a Libertadores de 2008, que deveria ter vindo com a conquista da Copa do Brasil, prioridade do 1.º semestre. O Furacão, porém, tropeçou em casa diante do Fluminense e adiou o sonho de voltar à competição continental acreditando numa boa campanha no Brasileirão. Entretanto, passadas 21 rodadas, a preocupação com o rebaixamento pauta os atleticanos.

O número mágico apontado para fugir da Segundona varia entre 48 e 50 pontos. Em 2006, o Palmeiras se livrou do rebaixamento com 44 pontos e aproveitamento de 38,6%. Já a Ponte Preta teve que somar 51 para não cair (aproveitamento de 40,5%), mas o campeonato foi disputado por 22 equipes.

Alerta

Segundo a comissão técnica ainda não está no momento de entrar em pânico, porém a luz do alerta já está piscando há algum tempo. O Rubro-Negro tem 23 pontos – aproveitamento de 37% – e precisa somar mais 27, em 17 rodadas, para continuar na elite do futebol brasileiro em 2008. Pode parecer fácil, mas ressalta-se que em 21 partidas o time conseguiu ganhar apenas 23 pontos.

A grande aposta do clube é fazer a Arena voltar a ser o diferencial. Se fizer o dever de casa e vencer todos os nove jogos que ainda serão disputados no Joaquim Américo, o Atlético se safa da degola. Para isso, a diretoria já clamou aos torcedores para que empurrem o time nesse momento difícil. ?Precisamos que a torcida faça a diferença nos jogos da Arena?, disse o diretor de futebol, Alberto Maculan, após a derrota para o Inter.

Um dos empecilhos que afastava o torcedor do estádio já foi revisto pelos dirigentes e o preço do ingressou caiu pela metade até o final da temporada.

Tabela não ajuda

Não será nada fácil para o Atlético voltar aos trilhos. Precisando somar pontos, o time enfrentará na seqüência, Santos, Atlético-MG, Goiás e Fluminense. Desses confrontos, apenas o jogo contra o Galo é na Arena.

Para a disputa de quinta-feira, na Vila Belmiro, o Furacão terá que buscar forças para superar o embalado Santos. Na última rodada, o clube praiano despachou o América por 4 a 1 e tem no ex-atleticano Kléber Pereira seu principal artilheiro.

O técnico Ney Franco terá que suprir alguns desfalques. Jancarlos e Erandir receberam o terceiro cartão amarelo e cumprem suspensão. O zagueiro Rhodolfo foi expulso contra o Inter. Valencia se recupera de uma lesão e ainda é dúvida.

A novidade pode aparecer no ataque. Pedro Oldoni, que entrou bem em Porto Alegre, deve ganhar a vaga de Marcelo, que não vem correspondendo às expectativas.

Para tentar evitar outro deslize de arbitragem, o jogo envolvendo Santos e Atlético será comandado pelo árbitro da Fifa Carlos Simon, auxiliado por Marcelo Bertanha Barison e José Antônio Chaves Franco Filho, todos gaúchos.

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