O Atlético teve confirmado mais quatro jogos no Caranguejão na disputa da Série B do Campeonato Brasileiro, o que faz aumentar o martírio do time nesta rotina de jogar no Litoral paranaense, pelo menos até o final de setembro. Desde que adotou o estádio de Paranaguá como casa provisória, a vida do Atlético não tem sido fácil e o time perdeu sua força como mandante. E jogar na Baixada novamente ainda é um sonho distante. Serão mais 11 meses de espera até que o novo estádio seja inaugurado. A festa de reabertura deve acontecer apenas em julho de 2013.
Enfrentando um ano atípico, pela ausência da Arena da Baixada que está em obras para receber jogos da Copa do Mundo, o Atlético teve de se adaptar à rotina de “andarilho”. Mas ao contrário do que fez no início da temporada, sendo imbatível em casa, mesmo longe de seu reduto, o time agora tem se mostrado frágil em campos parnanguaras. E atuar no Caranguejão tem sido como jogar longe de casa, não só pela distância, mas também pelo desempenho. Se na Vila Capanema e no Janguito Malucelli ficou invicto, no Caranguejão a história tem sido diferente. A 90 quilômetros de Curitiba, o time precisa contar com a boa vontade da torcida para ter a força das arquibancadas que deu ao seu estádio o apelido de caldeirão.
E jogar como visitante se tornou arma atleticana para buscar uma aproximação com os líderes da Segundona. Em pontuação, o time é o terceiro melhor da Série B quando joga fora. Em nove jogos foram quatro triunfos sobre os rivais, ficando atrás apenas de Vitória e São Caetano. Além disso, tem também o terceiro ataque mais eficiente jogando em território inimigo, com 13 gols.
Embora o aproveitamento em casa seja melhor que como visitante, com 52% dos pontos aproveitados, o Atlético está muito aquém dos concorrentes. Tem apenas a 15.ª campanha, pior até mesmo que a classificação geral, onde ocupa a 9.ª posição e é o que conta para valer na competição.