Atlético com a mão de Lio. E na mira de Vadão

Daniel ganhou uma vaga como titular com a implantação do 3-5-2.

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Enquanto Osvaldo Alvarez não assume, o técnico dos juniores, Lio Evaristo, comanda a equipe interinamente hoje, diante da Portuguesa Londrinense. O jogo está programado para as 16h, no Estádio Vitorino Gonçalves Dias (em Londrina), e o time precisa da vitória para continuar figurando entre os classificados. As principais novidades serão a volta do esquema 3-5-2 e do zagueiro Daniel, que fará a função de líbero.

“Eu não terei dificuldades em atuar nesta posição. Nas categorias de base, eu sempre joguei dessa forma”, diz o zagueiro Daniel, que não era aproveitado pelo ex-treinador Heriberto da Cunha. Sob o comando de Lio, o jogador ganhou mais confiança e a responsabilidade de fazer a função do zagueiro de sobra. “A minha preocupação é cumprir a função estabelecida pelo treinador e ajudar o Atlético para melhor a posição na competição”, apontou o atleta.

Além dele, a outra alteração é de ordem tática. O meia Fabrício foi deslocado para a ala esquerda, com isso, Ivan volta para a reserva. O titular Jean, continua se recuperando de uma contratura na coxa esquerda e continua de fora. Nas demais posições, o time será o mesmo que perdeu para o Grêmio Maringá.

Apesar do anúncio do novo treinador, Lio promete um novo ânimo à equipe nessa penúltima rodada da competição. O treinador dos juniores sonhava com a possibilidade de permanecer, mas após o jogo de hoje volta para os juniores. Mesmo assim, não deixou de marcar a sua passagem no comando do time principal. Ao contrário do antecessor, pôs o time titular para treinar taticamente à exaustão. Jogadas foram ensaiadas, além de fundamentos como chutes a gol e cobranças de penalidades. Um trabalho que há muito tempo não era visto no CT do Caju.

Portuguesa

Na Lusinha, o único pensamento do técnico Adão Pereira é se espelhar no Grêmio Maringá para tentar bater o Furacão e escapar da zona de rebaixamento. “Não viram o Grêmio?”, dispara o treinador, que acredita que o pequeno poderá vencer o grande novamente. “Eles não se encolheram e ganharam”, elogia. Para enfrentar o Rubro-Negro, a novidade deverá ser o retorno do atacante Caniggia, que entraria no lugar de Marco Antônio Carioca. Depois do Atlético, o time do Norte pegará o Paraná Clube no Pinheirão.

As novidades do Atlético não param na contratação de Osvaldo Alvarez para o comando da equipe. Ontem, o clube apresentou o atacante húngaro Roland Tüske e pode anunciar nos próximos dias a vinda de Dill, atualmente no São Paulo. Além deles, o clube pode contratar também o volante Ivan Santos e o meia Rafael Iotte, que estão em fase de testes no CT do Caju.

A maior expectativa fica por conta de Tüske, que chega credenciado pelas participações na seleção da Hungria. “Sei que o Atlético é um ótimo clube com uma boa estrutura. Creio que a minha adaptação não será difícil, porque a cidade de Curitiba tem um estilo europeu”, disse o húngaro. Ele ficará emprestado ao clube por um período de cinco meses.

O novo atacante atleticano tem bom retrospecto. Nos quatro clubes em que atuou, Tüske marcou 76 gols no total. “Sou atacante artilheiro, gosto de atuar mais na área”, afirmou. Outro que também pintar na Baixada é Dill, atacante do São Paulo. Segundo apurou a Tribuna, as duas diretorias estão conversando a respeito e o negócio pode sair nos próximos dias. O maior empecilho seria o salário do atleta, que gira em torno de R$ 60 mil. No entanto, parte dessa quantia poderia ser paga pelo próprio clube paulista numa compensação pela liberação do lateral-esquerdo Fabiano.

Treino

Enquanto o time principal está em Londrina, o restante dos profissionais não relacionados para a partida contra a Portuguesa irão atuar contra o Albirex Niigata, que faz pré-temporada no CT do Caju. A partida servirá para avaliações de atletas como o volante Ivan Santos e o meia Rafael Iotte, que conseguiram a liberação da Portuguesa de Desportos por meio de liminar. O jogo está programado para às 10h no miniestádio do CT. (RS)

A diretoria do Atlético agiu rápido e acertou a contratação de um novo técnico para a equipe principal. Após uma passagem que rendeu a conquista do Torneio Seletivo e o campeonato paranaense de 2000, Osvaldo Alvarez (o Vadão) chega para salvar a equipe dos sucessivos vexames que vem proporcionando nos últimos tempos. Ele será o substituto de Heriberto da Cunha, dispensado na quinta-feira. A reestréia do profissional será na próxima semana, contra a Tuna Luso, pela Copa do Brasil. Hoje, deverá acompanhar a partida Portuguesa x Atlético, em Londrina.

“Fomos buscar um treinador que nos ajudou em grandes campanhas como a conquista do torneio seletivo e do campeonato paranaense de 2000”, revela o presidente Mário Celso Petraglia. Para o dirigente, Vadão tem o perfil exato que o clube estava procurando. “Ele nos conhece e nós o conhecemos também muito bem ele”, diz.

Segundo Petraglia, com o novo treinador, o clube poderá manter a política de revelar jogadores. “Nesse novo momento, nesse novo Atlético, nessa reestruturação que estamos fazendo, pelas circunstâncias e pela necessidade de promoção dos jovens atletas poderemos dar continuidade à política que sempre fizemos”, explica. Indiretamente, a direção atleticana critica a postura de Heriberto, que sempre repassou os fracassos do time para uma suposta falta de qualidade do elenco.

Agora, com Vadão, o clube tem de volta um dos treinadores que mais impulsionaram a renovação e a revelação de atletas. Além de ter montado um time vencedor com Kelly, Lucas, Kléber, Adriano e companhia, formou um segundo grupo com Ígor, Fabiano e Kléberson, entre outros, que disputaram o estadual enquanto os titulares entravam em campo apenas para disputar as competições mais importantes (Copa do Brasil e Libertadores).

“É uma situação diferente, sei que o time não está numa boa situação, mas vamos ver”, disse o treinador à Tribuna. Segundo ele, as cobranças e a pressão da torcida são normais.

Em um ano e meio de clube (entre 1999 e 2000), Vadão dirigiu o time em 73 partidas. Foram 39 vitórias, 17 empates e 17 derrotas. Nesses jogos, o time marcou 146 gols e sofreu 89 e ficou com um saldo positivo de 57 tentos. Após deixar o Atlético em 2000, Vadão foi para o Corinthians, passou pelo São Paulo e, no ano passado, dirigiu a Ponte Preta no campeonato brasileiro.