Atlético cobra mais empenho dos jogadores

Recado dado, recado entendido! Pelo menos é isso que dá para tirar das declarações dos jogadores após o ?pito? do presidente do conselho deliberativo do Atlético, Mário Celso Petraglia. O dirigente cobrou mais ?empenho? e o time promete mais ?tesão? contra a Adap, às 15h30 de sábado, na Arena da Baixada, e a consequente classificação para a semifinal do Campeonato Paranaense. Enquanto isso, eles seguem esperando pela volta do técnico Lothar Matthäus treinando no CT do Caju sem a presença da imprensa, mas sob o comando do interino Vinícius Eutrópio.

?Sabemos que o estadual é um campeonato importante e temos a força, agora, de jogar dentro de casa. Então, estamos com a cabeça no lugar, tranqüilos, e temos certeza que, se mostrarmos um futebol diferente daquele de domingo, sairemos vitorioso?, projeta o meia Evandro. Para ele, na derrota por 2 a 1 para a Adap o time estava tranqüilo demais. ?Entramos em campo muito lentos e parecia que não estávamos jogando finais de campeonato. Faltou tesão e agora temos que entrar mais ligado em campo?, analisa.

Para o zagueiro Danilo, o vacilo já aconteceu e não deve mais se repetir. ?Vínhamos de dez jogos invictos, tivemos esse descuido, mas já estamos totalmente focados. É um jogo de decisão e dentro da Arena estamos há bastante tempo invictos e não será neste sábado que deixaremos escapar?, promete. Mesmo assim, o pensamento é de muita calma nessa hora

que o time precisa passar pela equipe de Campo Mourão por dois gols de diferença, para ir à semifinal da competição. ?Se quisermos fazer logo dois gols acaba dando tudo errado. Se você joga com pressão, com nervosismo, acaba fazendo muita coisa errada?, completa Evandro.

Hoje, o time volta a trabalhar em dois períodos no CT do Caju, mas os tipos de treinamentos ainda não foram divulgados. Ontem, a equipe afiou as finalizações pela manhã e fez um rachão em campo reduzido. A dúvida do técnico interino Vinícius Eutrópio continua na ala-direita. Sem Jancarlos, suspenso, ele estuda a possibilidade de improvisar o volante Cristian ou o meia Simão na posição. O recém-contratado Carlos Alberto chegou depois do fim das inscrições para o estadual.

Um outro alemão de problemas

Os problemas judiciais do Atlético continuam. Depois de perder, provisoriamente, o atacante Aloísio para o São Paulo, agora é a vez do auxiliar-técnico Jost Vieth entrar na Justiça para exigir uma indenização do Rubro-Negro. Após um mês de trabalho no CT do Caju, ele ganhou ?bilhete azul?, o salário do mês e uma passagem de volta para a Alemanha. Como ele alega ter assinado contrato por um ano, está reivindicando todos os direitos no tribunal. A diretoria do clube não quis se manifestar sobre o caso.

?Há um acordo firmado entre eles e o Jost foi contratado na Alemanha através de uma minuta para trabalhar no Atlético?, informou o advogado Célio Pereira Oliveira Neto. O representante do profissional disse que a dispensa foi das mais estranhas possíveis. ?Aconteceu depois que a imprensa noticiou que o Jost estava sem função no CT do Caju. Num dia de treino à tarde, o Petraglia (Mário Celso, presidente do conselho deliberativo) chamou-o no escritório e disse que o clube não precisava mais dele?, revelou.

Com a dispensa, Jost resolveu não deixar barato e foi exigir seus direitos trabalhistas. Segundo Oliveira Neto, num contrato pré-determinado, o clube deveria pagar metade do que o profissional teria direito a receber até o final do contrato, como indenização. ?Ele ainda tinha outros benefícios além do salário e isso entra no cálculo. O Jost tinha carro, celular e estava hospedado num hotel de luxo, com a promessa de um apartamento nas mesmas condições?, destacou.

Dentro do clube, algumas pessoas falaram em contratação mal feita e apressada, mas nenhuma versão oficial foi dada. De acordo com a assessoria de imprensa do Furacão, a diretoria só se manifesta através de entrevistas coletivas. Já o técnico Lothar Matthäus escreveu em seu sítio oficial que os jogadores não estavam entendendo Jost.

?Os atletas não estavam satisfeitos com a qualidade da tradução. Foi comunicado isso ao clube, que dissolveu o contrato num acordo mútuo?, disse Matthäus.

A contratação de auxiliar que pudesse fazer o meio-de-campo entre o alemão e o restante do clube estava nos planos iniciais. No primeiro momento, pensou-se no atacante Paulo Rink, mas ele não quis abandonar o futebol cipriota.

A segunda opção foi Jost, que já tinha passado pelas categorias de base do Internacional e de clubes de Hamburgo.

Sem ele, o clube chamou Klaus Junginger, que tinha feito a tradução da entrevista de apresentação de Matthäus, para trabalhar também no dia-a-dia do CT.

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