A urucubaca está à solta no Atlético. Além de não contar com os jogadores Valencia, Jancarlos e Tiago que estão entregues ao departamento médico, e com Alan Bahia, Nei e Alex Mineiro – que cumprem suspensão – ontem aconteceram mais duas baixas no elenco. O ala-esquerda Edno, com problemas musculares, já foi vetado para o jogo de amanhã e o meia Válber também reclamou de dores no treinamento realizado no CT do Caju e praticamente foi descartado.
Com todos estes desfalques, o técnico Antônio Lopes não terá muitas opções para escalar o time titular que enfrenta o Vasco. A zaga continua formada por Danilo e Gustavo. Na lateral direita, sem a presença dos dois especialistas na posição (Jancarlos e Nei), André Rocha ganha mais uma oportunidade para iniciar uma partida. Michel retorna para a lateral esquerda, substituindo Edno. O meio-campo será formado por Alex – que pode tornar-se um terceiro zagueiro -, o jovem Kaio, provavelmente Cristian e o experiente Ferreira, que retorna ao Furacão, após permanecer sete jogos afastado em decorrência da disputa da Copa América, na Venezuela. O ataque é o mesmo que terminou o jogo contra o Botafogo: Marcelo Macedo e Dinei.
O artilheiro do campeonato carioca ganhou a vaga de Pedro Oldoni por ter uma maior mobilidade em campo. ?Marcelo vai dar mais velocidade e tem uma movimentação boa. É referência e artilheiro, como mostrou no estadual (do Rio de janeiro). Acredito que vai ter uma produtividade maior que a do Pedro?, analisou o Delegado.
Problemas
De acordo com Lopes, não contar com tantos jogadores é um problema que faz parte da disputa de um Campeonato Brasileiro longo e que isso atrapalha o entrosamento da equipe. ?Não é fácil num início de trabalho trocar tantos jogadores?, afirmou. No entanto, o treinador miniminiza as perdas e pensa positivo para a seqüência da competição. ?Em um período de mais sorte, vamos trabalhar mais a parte coletiva, que só vem com a repetição da equipe. Assim, os jogadores assimilam o que a gente quer na parte tática?, explicou.
O Atlético viaja hoje para o Rio de Janeiro e Antônio Lopes ainda comanda mais um treinamento antes da partida contra o Vasco, que acontecerá às 20h30 de amanhã, no Estádio São Januário, local onde o Rubro-Negro nunca venceu o time cruz-maltino.
Ferreira volta como salvador da pátria
A esperança rubro-negra de fazer as pazes com a vitória, mais do que nunca, está depositada nos pés do colombiano David Ferreira. O meia-atacante retornou ao Atlético após permanecer mais de um mês servindo a seleção de seu país, na disputa das copas Kirin, no Japão, e América, na Venezuela. Nesse período, Ferreira não participou de sete jogos do Furacão no Campeonato Brasileiro, mas disse que acompanhou o clube pela internet e torceu por seus companheiros. Sobre o seu retorno, afirmou estar contente e pronto para jogar. ?Estou feliz e espero fazer o meu melhor, como sempre fiz, para obter um bom resultado frente ao Vasco. É um jogo muito importante para o time e, se Deus quiser, venceremos na quinta-feira?, afirmou.
Ferreira já atuou com Lopes em 2005 e reencontrou seu ex-técnico no início da semana. Para ele é uma felicidade trabalhar novamente com Lopes, pois é um treinador muito exigente e uma pessoa que lhe deu muito apoio, numa fase difícil pela qual passou no Atlético, quando veio da Colômbia. ?Quando cheguei no Atlético, o meu começo não foi bom. Tratei de trabalhar muito porque queria triunfar no Brasil e queria permanecer mais tempo no clube?, explicou. E nesse processo de adaptação ao modo de vida brasileiro, Antônio Lopes foi muito importante.
A responsabilidade de comandar a jovem equipe atleticana, com média de 22 anos, não incomoda Ferreira, mas ele enfatiza que todo o grupo tem a responsabilidade de tirar o Atlético da situação incômoda em que está. ?Lógico que a responsabilidade é grande, mas espero ajudar o time a conquistar bons resultados?, disse.
O retorno de Ferreira foi comemorado por Lopes. Para o treinador, a responsabilidade atribuída ao meia não o afeta, pois Ferreira é um jogador com experiência internacional e acostumado a ser pressionado. ?Para os garotos é que eu não posso transferir responsabilidades, que eles vão sentir?, explicou o Delegado.