Atlético bate Real na prorrogação e fatura Copa do Rei

O Atlético da Madrid derrotou o Real Madrid nesta sexta-feira por 2 a 1, na prorrogação, em pleno Santiago Bernabéu, e encerrou o jejum de 17 anos sem conquistas da Copa do Rei. O resultado fez a equipe do técnico Diego Simeone chegar ao décimo título da competição, sendo o primeiro desde a temporada 1995/1996. E os brasileiros tiveram papel fundamental neste troféu, marcando os dois gols da decisão. Diego Costa fez no tempo normal e o zagueiro Miranda, ex-São Paulo, garantiu o triunfo no tempo extra.

O time atleticano vinha com 14 anos de jejum diante do Real Madrid – não vencia desde 1999 -, mas o gol marcado na prorrogação fez com que a freguesia fosse esquecida pelo menos por um dia. Pior para o Real, que perdeu a chance de levantar seu 19.º troféu da Copa do Rei.

Pode ter sido a última chance de José Mourinho ser campeão novamente pelo Real, já que o título espanhol foi garantido pelo Barcelona e o treinador não deve permanecer no clube na próxima temporada. Já Diego Simeone voltou a conquistar um título com o Atlético de Madrid, depois de faturar a Liga Europa e a Supercopa da Europa na temporada passada.

O JOGO – Atuando em seu estádio, o Real Madrid começou pressionando, abusando das jogadas com Cristiano Ronaldo, que não encontrava dificuldade para passar pela marcação adversária. Logo aos cinco minutos, ele levou perigo pela primeira vez, ao arriscar de fora da área. A bola ainda desviou na zaga, mas Courtois conseguiu fazer a defesa.

Aos 12 minutos, o atacante português marcou o primeiro. Özil cobrou escanteio para a área, Cristiano Ronaldo se antecipou à zaga e cabeceou firme, no canto direito, sem chance para o goleiro. A resposta do Atlético foi imediata e, três minutos depois, Gabi quase deixou tudo igual.

O gol acordou o Atlético, que foi para cima e conseguiu o empate aos 34 minutos, com o brasileiro Diego Costa. Falcao García fez linda jogada no meio de campo e lançou para o atacante, que arrancou e, da entrada da área, bateu cruzado. A bola ainda tocou em Diego López, desviou na trave e entrou.

No segundo tempo o futebol ficou um pouco de lado e algumas jogadas mais duras começaram a acontecer. Foram cinco cartões amarelos, sendo quatro para o Real (Sergio Ramos, Fábio Coentrão, Khedira e Özil) e um para o Atlético (Diego Costa), além da expulsão de José Mourinho. De boa chance, somente o chute de Cristiano Ronaldo, aos 24 minutos, que bateu na trave.

O Atlético de Madrid voltou melhor para a prorrogação e quase marcou aos cinco minutos. Diego Costa foi lançado no meio da zaga e, sozinho, bateu fraco em cima de Diego López. Mas aos oito minutos, não teve jeito. Após cruzamento da direita, o zagueiro Miranda se antecipou à zaga e ao goleiro e desviou para fazer o segundo.

O gol fez o Real ir para cima, mas aí foi a hora de Courtois brilhar. Primeiro, ele pegou cabeçada à queima-roupa de Higuaín. Já no segundo tempo da prorrogação, o goleiro belga fez uma defesa inacreditável, após finalização de Özil, que recebeu cruzamento da esquerda praticamente com o gol vazio.

No fim, o futebol novamente deu espaço para a violência. Cristiano Ronaldo recebeu falta dura de Gabi e, no revide, deixou o pé no rosto do adversário: cartão vermelho para o português. O lance gerou uma briga generalizada, com empurrões entre jogadores e comissão técnica. Mas de nada adiantou, o título já era do Atlético.

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