Atlético aposta em novos valores para 2008

Uma das apostas do Atlético para a próxima temporada está treinando no CT do Caju há um mês. Chama-se Francisco Lima Madureira, mas é conhecido pelo apelido de Doca Madureira. O jogador pertence ao Rio Branco do Acre, onde disputou a Série C do Brasileirão, e está em fase de testes no Furacão. Porém a curta estadia dele já é polêmica. Há cerca de dez dias, Doca Madureira, de 23 anos, simplesmente abandonou os trabalhos no clube para voltar ao Acre, seu estado natal. Após conversações entre as diretorias dos dois clubes, o jogador retornou nesta semana à capital paranaense e deverá integrar a delegação rubro-negra que vai excursionar por Trinidad Tobago, no Caribe, durante a realização de um torneio internacional, entre os dias 30 de novembro e 2 de dezembro.

A insistência do Furacão é devido ao potencial do jogador. De acordo com a imprensa acreana, Doca Madureira é um ótimo meia-esquerda. É rápido, tem drible fácil e bate bem faltas. Foi considerado um dos destaques do Rio Branco na campanha da Série C, na qual o time chegou até a terceira fase, mas não se classificou ao octagonal final da competição, perdendo a vaga para o Bahia.

As boas atuações chamaram a atenção de um dos olheiros do clube paranaense, que viabilizou a vinda do meia para o Atlético.

Explosivo

Se a habilidade é o ponto forte do jogador, a falta de profissionalismo pesa contra. Doca Madureira já teve a oportunidade de defender grandes equipes como o Internacional (RS), no ano passado, e Vitória (BA), em 2005. Em março deste ano, assinou com o Goiás (GO) para jogar o estadual, porém não teve muitas oportunidades e foi dispensado na metade do ano. Retornou ao Acre e ganhou nova oportunidade, agora no Atlético. Conforme a crônica esportiva do Acre, a falta de maturidade tem sido a principal inimiga do jogador em sua curta carreira, que encara o futebol de maneira ainda amadora.

O presidente do Rio Branco, Natal Xavier, rasgou elogios ao seu atleta e disse que ele tem potencial, inclusive, para jogar fora do País. ?O Atlético está dando uma nova chance para o Doca e espero que tenha inteligência para saber usá-la?, analisou.

A multa contratual do meia-esquerda está estipulada em R$ 1,3 milhão, mas esse valor deve ser reduzido caso o Atlético deseje realmente contratá-lo.

Já é o segundo que foge

Fuga de atletas do CT do Caju não é novidade nenhuma. Em maio deste ano, a revelação do futebol potiguar, o atacante Wallyson, de 19 anos, também desembarcou em Curitiba e permaneceu pouco tempo por aqui. Após realizar alguns treinamentos, o jovem voltou para o seu clube de origem (ABC de Natal) devido à intervenção de seu procurador. Entretanto, mais tarde, as diretorias do Atlético e do ABC fecharam novo acordo e Wallyson deverá se reapresentar ao clube paranaense em janeiro de 2008. O Furacão teria pago R$ 600 mil por 80% dos direitos federativos do atleta e o liberado para defender as cores da equipe de Natal na Série C. O jovem é apontado como uma grande promessa e tem demonstrado no Brasileirão ser goleador. Na terceira divisão, é um dos artilheiros com 14 gols e sua equipe lidera a competição.

Seis meses depois da fuga de Wallyson, a história se repetiu com Doca Madureira. O que motivou o súbito retorno a Rio Branco (AC) é desconhecido. A imprensa daquele estado divulgou que o jovem preferiu ficar na casa de um conhecido residente em Curitiba ao invés de treinar no CT do Caju.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo