Dinheiro pesando

Mais crise: Coxa recua, mas Atlético tá pronto pra deixar a Primeira Liga

Futuro da dupla Atletiba na Primeira Liga segue indefinido. Foto: Albari Rosa

Depois de enviarem juntos uma carta para a Primeira Liga, onde exigiam uma divisão financeira diferente em relação à proposta aos clubes participantes, Atlético e Coritiba parecem não estarem tão unidos assim e podem seguir caminhos diferentes. Apesar de não estarem satisfeitos, enquanto o Furacão está disposto a ficar de fora do torneio em 2017, o Coxa deve recuar e participar da competição.

“A decisão unânime do G5 foi de protestar contra os valores, mas permanecer na liga. Vamos tentar reverter a divisão atual”, acenou o vice-presidente do Alviverde, Alceni Guerra.

Na última semana, os dois clubes enviaram carta conjunta endereçada ao presidente da liga, Gilvan Tavares, também mandatário do Cruzeiro, pedindo marcação de assembleia geral para tentar estabelecer o modelo inglês (50/25/25) de rateio. Porém, o que foi definido em reunião da liga, no mês passado, foi diferente: 46% entre todos, 31,5% por audiência e 22,5% para o resultado em campo.

“Não diria que foi um ultimato ou uma coação, mas foi uma total deselegância com membros da liga”, criticou o presidente do Atlético, Luiz Sallim Emed, que indica que a permanência do Furacão está mesmo em risco.

“Não é uma decisão fácil. Nós vamos deixar de participar, vamos perder arrecadação, mas a questão tem a ver com princípios estabelecidos na fundação da liga. Não podemos ficar reféns de alguns. Eu defendo isso, mas vamos resolver com a diretoria”, avisou o dirigente.

O CEO da Primeira Liga, José Sabino, rebate a teoria de que a forma de rateio estaria acordada. “O que foi dito no início é que tentaríamos fazer uma divisão mais igualitária, mas não com uma fórmula definida”, garantiu ele, que admite a dificuldade para se chegar a uma solução.

Agora, chegar a um acordo está nas mãos de Tavares, que ainda sequer aceitou o pedido de nova assembleia e parece irredutível quanto a isso. Para o vice-presidente da liga, Francisco Battistotti, presidente do Avaí, a melhor saída virá na base do diálogo.

“Não tenho nada contra voltar a conversar. Nada que leve à desavença e contrariedade vai fortalecer a liga. Na segunda (14) vou passar um WhatsApp para o Gilvan pedindo uma reunião, o que o presidente da Chapecoense (Sandro Pallaoro) já havia me solicitado. O que interessa é estarmos todos em sintonia. Só lamento a questão ter sido aprovada por quase todos os 16 participantes anteriormente”, fala.

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