Atlético aguarda o “sim” de Renato Gaúcho

O técnico Renato Gaúcho está muito perto de vir a comandar o Atlético no Campeonato Brasileiro. Ele vai responder hoje à proposta que recebeu do clube. Tudo depende apenas do “sim” do treinador, que deixou o Grêmio na quinta-feira passada. Se aceitar a oferta do Furacão, ele se apresenta no CT do Caju até segunda-feira para iniciar a batalha de tirar o time da lanterna da competição.

Nome que surgiu na quarta-feira, após o Grêmio empatar com o Avaí, Renato foi representado pelo seu empresário Gerson Oldenburg na reunião com o diretor de futebol do Furacão, Alfredo Ibiapina.

O encontro, que durou mais de quatro horas, ontem à noite, aconteceu no Rio de Janeiro. Por ter se estendido até muito tarde a conversa, o dirigente pediu que a resposta fosse dada hoje.

“Foram quatro horas de conversa, ficamos muito tempo. Aí eu pedi que eles pensassem até amanhã [hoje]. Estamos conversando apenas com Renato Gaúcho agora e vamos esperar”, disse Ibiapina que ainda fica no Rio de Janeiro hoje, até receber a resposta.

A expectativa é de que Renato aceite a proposta e finalmente diga sim ao Furacão, que já havia recebido negativas de Diego Aguirre, do Peñarol, e Dunga, o primeiro a ser procurado pela diretoria de futebol.

Alfredo Ibiapina iniciou a conversa com o empresário do treinador, ainda na quinta-feira, antecipando a proposta. Ontem, eles passaram a discutir detalhes dos benefícios a Renato.

O ponto mais difícil para fechar a negociação estaria no valor salarial. Renato Gaúcho recebia algo em torno de R$ 400 mil no Grêmio e não estaria disposto a receber muito menos que isso – até mesmo por ter de assinar um contrato até o final do ano apenas.

A intenção da diretoria, por pedido do presidente Marcos Malucelli, é que ele fique no Atlético até 15 de dezembro, um dia após a final da Copa Sul-Americana. Mas um contrato estendido já não está mais fora dos planos.

Se for confirmado, Renato chega ao Rubro-Negro no momento mais delicado do ano, com o time amargando seis derrotas em sete jogos do Brasileirão. O treinador teria ainda que, além de fazer o Atlético voltar a vencer depois de dois meses em jejum, se firmar no comando da equipe. O cargo hoje é o mais instável no Furacão.

Em seis meses do ano, quatro treinadores, com Leandro Niehues sendo convocado por duas vezes, já estiveram à frente do time, com uma média de um técnico a cada 43 dias.

Outra missão de Renato é elevar o ânimo dos jogadores, que já sofrem ameaças de violência da torcida por conta dos resultados pífios na competição. As críticas e descontentamento também atingem a diretoria de futebol e a presidência do clube.

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