Atlético adota o alvirrubro como terceiro uniforme

Muito torcedor que foi à Baixada no último domingo, ou acompanhou ontem a partida em Recife, deve ter achado que errou de jogo. Era o Atlético que estava em campo contra o Vasco e Sport. Mas a camisa… Quanta diferença. Em vez do vermelho e preto, o Furacão atacou de alvirrubro. Mais uma vitória do marketing sobre o tradicionalismo.

A cor branca sempre esteve presente nas camisas reservas do Atlético. A novidade, além das listras vermelhas, foi ver o time abrir mão do rubro-negro dentro de casa. Decisão que causou certa polêmica, mas ganhou a aprovação de grande parte da torcida.

Para tirar a prova, basta dar uma olhada pelas arquibancadas da Arena. O uniforme tradicional ainda predomina, mas é fácil encontrar centenas de atleticanos vestidos de vermelho e branco. Em enquete no site Furacao.com, 64% dos participantes gostaram de ver o time de roupa nova na Baixada. Outros 26% não gostaram, e 9,7% eram indiferentes.

Homenagem

O desenho da nova camisa foi criado pelo designer Cristian de Almeida, da Umbro, fornecedora de materiais esportivos do Furacão. Mas a idéia foi dada pela diretoria rubro-negra.

“A tendência mundial é que haja opção de uma temática moderna. Nós resolvemos, em função do sucesso da parceria com o FC Dallas, homenagear nosso parceiro”, diz o diretor de marketing Mauro Holzmann.

Lançada em abril, junto com a nova linha de uniformes do clube, ela é a segunda alternativa ao rubro-negro. A primeira, como nos dois últimos anos, é um modelo quase todo preto, com pequenos detalhes em vermelho.

O Dallas estuda retribuir o agrado e já tem experiência no assunto. O time já usou um uniforme em azul e amarelo, cores do Tigres, do México, outro parceiro dos americanos. Portanto, é provável que em breve o clube do Texas entre em campo de vermelho e preto.

Pé-quente

Desde o lançamento, a camisa vermelha e branca caiu no gosto da galera. O lote inicial se esgotou logo na primeira semana de vendas. Hoje, ela representa 28% das vendas de todos os modelos oficiais do Atlético. Atrás da rubro-negra (45%), mas à frente da preta, a número 2 (25%).

A expectativa é que a popularidade aumente ainda mais. Na vitória de 3 a 1 sobre o Vasco foi a primeira vez que o Furacão vestiu a alvirrubra. O suficiente para dar a ela fama de pé-quente, ao contrário de outros uniformes alternativos, como o dourado de alguns anos atrás.

Ainda este mês, a nova camisa atleticana estará em ação mais duas vezes. Agora, longe de casa, contra times que vestem vermelho e preto: ontem, contra o Sport, em Recife, e no dia 30, contra o Vitória, em Salvador.

A esperança da torcida é que ela continue inspirando os jogadores. Já que, para a galera, no que realmente interessa ela é igualzinha à rubro-negra: “Só se veste por amor”.

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