O Atlético parece ter mudado sua postura sobre a adequação da Arena da Baixada ao caderno de encargos da Fifa. No discurso oficial, agora existe o interesse e até mesmo algumas construtoras dispostas a aceitar os títulos de potencial construtivo oferecidos pela prefeitura. No papel, ainda assim, a novela da Copa 2014 em Curitiba ganhou apenas mais um capítulo.
Entre hoje e amanhã o governador do Paraná, Orlando Pessuti, fará contato com o presidente da CBF, Ricardo Teixeira. A intenção é explicar o que ficou acordado na reunião entre governo, prefeitura e Atlético, ocorrida na noite de ontem, no Palácio das Araucárias.
No encontro, o presidente atleticano Marcos Malucelli foi colocado na parede por Pessuti e pelo prefeito de Curitiba, Luciano Ducci. A intenção era deixar claro o que a capital paranaense e o clube ganhariam com a realização de uma Copa do Mundo na cidade.
Ainda assim, nem tudo foi na base da pressão. Uma oferta melhor para o Furacão também entrou na jogada e Malucelli agora se diz otimista com o torneio em seu reduto. “A reunião foi boa e o assunto evoluiu bastante. A Copa ficou mais perto da Arena”.
Em coletiva concedida no final da reunião de ontem, o governador Orlando Pessuti ressaltou pressa em finalizar a história. “Estamos caminhando para uma solução, que acontecerá ainda este mês”, disse à agência de notícias do governo.
Proposta
Ficou definida a criação de uma comissão, que envolve também os procuradores do estado e da prefeitura, além de um representante indicado pelo Atlético. A próxima missão seria a de legalizar a questão dos títulos de potencial construtivo na região da Arena da Baixada, para depois apresentar a construtora eleita para a obra – por meio de uma licitação.
Apenas depois de um processo licitatório será indicada a construtora. Uma das interessadas é a J. Malucelli, de propriedade de Joel Malucelli. Uma manobra entre Atlético, Fundo de Investimentos do Estado do Paraná e uma construtora deve fazer parte da questão.
Os títulos ficam nas mãos da empresa que ganhar a licitação para adequar o estádio, recebendo como contrapartida estimados R$ 90 milhões para a realização das obras. “Foi uma das condições indicadas por nós, que a construtora fique com o potencial construtivo. Não o clube”, explicou o presidente atleticano, Marcos Malucelli.
