O zagueiro Fabrício fechou ontem com o Atlético, mesmo depois de ter sua negociação dada como certa com o Fluminense. O defensor ficará no Rubro-Negro até dezembro por empréstimo.

continua após a publicidade

Quem conseguiu fazer a história mudar de rumo foi o diretor de futebol do Furacão, Alfredo Ibiapina, que convenceu o Cruzeiro cumprir com a palavra de que o cederia ao clube.

“Ele chegou a conversar com o Fluminense, mas eu tinha um acordo com o Cruzeiro, e fiz eles cumprirem o que tinham acordado. O Fabrício foi liberado”, contou o dirigente.

Com pretensões de ir para o Fluminense, o jogador já tinha deixado previamente acertada sua transferência, mas teve de voltar atrás e se apresenta hoje no CT do Caju.

continua após a publicidade

Segundo Ibiapina, a conversa do Atlético foi diretamente com o Cruzeiro, e esta atitude facilitou na hora de cobrar que a negociação se concretizasse, vencendo uma queda de braço com o clube carioca pelo jogador de 21 anos, que já atuou pelo Flamengo, Palmeiras, Paraná e Hoffenheim, da Alemanha.

Para que o Cruzeiro não tivesse como voltar atrás na conversa, Ibiapina pediu que a ética fosse colocada em prática. “O Atlético não procura jogador. Sempre trata com o clube em que o jogador está vinculado. Procuramos o Cruzeiro, que se prontificou a fazer o empréstimo. O Fluminense foi direto no atleta e eu perguntei se o Cruzeiro ia fazer cumprir o código de ética que temos. Aí eles confirmaram o empréstimo”, disse o diretor de futebol.

continua após a publicidade

Mas a negociação não foi tão fácil assim. Depois de conversar com a diretoria do Cruzeiro, Alfredo Ibiapina teve de ir atrás do jogador, que já tinha declarado o interesse em morar no Rio de Janeiro. Mesmo com a liberação cruzeirense, o Atlético não queria contar com um jogador insatisfeito no clube.

“Está tudo certo e ele chega à tarde. Na verdade, o objetivo dele era ir para o Rio, por causa da família, mas fizemos uma proposta melhor que a do Fluminense”, disse o diretor rubro-negro.

Além da proposta, outro fator pesou na hora de o jogador dizer sim ao Furacão: a intervenção do Adilson Batista, que pediu que Fabrício fizesse parte do elenco, foi decisivo para a vinda do zagueiro.

“Falamos do projeto do Atlético, que ele gostou muito. Ele vem para disputar títulos, Copa Libertadores e o Adilson estar aqui e ter pedido a contratação dele pesou muito também. Nenhum jogador que eu trouxer virá sem que seja indicação do Adilson. Não virá ninguém se não for dessa forma”, afirmou Alfredo Ibiapina.