O Caldeirão voltou a ferver no domingo passado e ajudou a empurrar o time do Atlético para cima do Flamengo. Foi o maior público dos jogos dos paranaenses no campeonato brasileiro e o resultado expressivo ainda é comemorado pela torcida rubro-negra: 4 a 1 sobre os cariocas. Agora, os jogadores querem que a Arena esteja sempre lotada nas próximas partidas e seja uma arma a mais para a equipe manter o embalo e continuar galgando posições na tabela de classificação.
De uma média de pouco mais de 7 mil torcedores por jogo nas partidas anteriores, no domingo, contra o Flamengo, o público pagante chegou a ser quatro vezes maior e o público total passou de 27 mil pessoas presentes na Arena. Este também é o recorde de público dos três no Brasileirão. O anterior pertencia a Coritiba x Paraná, com pouco mais de 15 mil. “Nós provamos que o Atlético tem a torcida a seu lado. Enfrentamos uma equipe grande, o estádio estava cheio e eles deram a força para o time ganhar aqui dentro”, disse o atacante Ilan após a partida.
Agora, o artilheiro do Furacão na temporada e no Brasileirão espera que as arquibancadas estejam do mesmo jeito nos próximos jogos. “Independente de qual clube venha jogar aqui as próximas partidas, que esteja sempre cheio o estádio para empurrar o time como empurraram no domingo”, pede o atacante. Assim como ele, o goleiro Diego também prefere jogar com a Arena cheia. “O Atlético resgatou o que tem de mais importante, que é o seu torcedor. E essa arrancada que nós demos em três paridas somando sete pontos, deixou o torcedor entusiasmado. Eles acreditam mais e começam a comparecer”, analisa.
E, para eles, com a torcida presente e fazendo o Caldeirão ferver, o time ganha um artifício a mais para derrubar os adversários em casa. “Eles sabem que nos ajudam bastante e o resultado aparece dentro de campo, pela vibração que eles passam para os atletas. Eles torcendo passa uma energia para nós muito grande, que nos dá uma vontade de querer vencer a qualquer custo”, destaca o arqueiro.
Time
Para enfrentar o Fluminense, sábado, em Mesquita-RJ, o técnico Osvaldo Alvarez confirmou a entrada do zagueiro Ígor na zaga. Ele será o substituto de Capone, expulso contra o Flamengo. Já para a vaga de Adriano, que também tomou o vermelho contra os cariocas, a disputa está entre Fabrício, Rodriguinho e Fernandinho. A definição deve ficar apenas para sexta-feira após o coletivo apronto antes do embarque para o Rio de Janeiro.
Vadão quer tudo passo a passo
O técnico Osvaldo Alvarez, do Atlético, quer subir degrau a degrau a escadaria do campeonato brasileiro até alcançar os primeiros postos da tabela de classificação. Após um início irregular, o treinador quer correr atrás dos pontos perdidos e espera que boa fase seja mantida e que o time traga os primeiros três pontos jogando numa partida fora de casa. Para tanto, ele é obrigado a mudar novamente a equipe e promove o retorno de Ígor à zaga titular. Em entrevista ao Paraná-Online, Vadão revela a receita usada pelo time para voltar a vencer e convencer.
Paraná-Online
– Depois do bom resultado contra o Flamengo e a boa fase, o que você está projetando para a seqüência do campeonato brasileiro?Osvaldo Alvarez
– Nós estamos projetando que a gente tem que manter o mesmo nível de competitividade que nós estamos tendo até agora. Quando nós atravessamos aquele momento difícil, todo mundo se uniu, todo mundo brigou, todo mundo teve humildade para que a gente começasse a reagir. Na verdade, nós não conseguimos nada. Nós estamos ainda numa colocação, que não é aquela que nós desejamos, mas houve uma evolução e nós temos que aproveitar.Paraná-Online
– Você pensa em buscar quantos pontos nas próximas rodadas?Osvaldo Alvarez
– A gente pode até fazer cálculo, mas como faltam muitos jogos ainda, o que nós temos que fazer agora é a cada rodada subir um posto, dois postos. Subir de colocação a cada rodada para que a gente vá se aproximando. Nós não estamos assim, olhando para o Cruzeiro ou para o Internacional no momento, nós estamos olhando para quem está mais próximo. A partir do momento em que nós formos passando quem está mais próximo, vai chegar o momento em que nós vamos poder olhar para cima.Paraná-Online
– Como é que você recebeu a notícia do não aproveitamento do Washington?Osvaldo Alvarez
– Bom, não é uma surpresa. Na verdade, a gente sabia que ia ter todo este processo e depois disso seria feito mais uma avaliação e o diagnóstico seria dado. Poderia ser um aval positivo ou negativo. Fiquei muito triste pelo atleta, pelo homem que o Washington é e representa, mas fico, por outro lado, muito mais tranqüilo porque acho que são seis meses que ele vai ter mais segurança depois disso.Paraná-Online
– Você vai pedir um jogador para o lugar dele?Osvaldo Alvarez
– Não, a gente não está nem pensando nisso. A princípio, nós vamos tentar resolver o problema com o Washin-gton da melhor maneira possível e o grupo tem um bom número de jogadores de frente também. O Washington seria um grande reforço, pelo o que ele representa como artilheiro, mas nós não tivemos tempo para pensar se a gente vai tentar trazer outro ou não. Vamos assimilar esse problema e depois vamos pensar com calma se vamos trazer alguém ou não.Petraglia está atrás de recursos para concluir estádio
O tão sonhado início das obras para a conclusão da Arena pode estar se aproximando. A direção do Atlético já deu o pontapé inicial para poder se beneficiar das linhas de financiamento abertas pelo governo especialmente para a construção e reformas de estádios de futebol no Brasil. A intenção dos dirigentes rubro-negros é transformar o Joaquim Américo no melhor estádio da América do Sul e em exemplo para os demais clubes brasileiros.
Com a assinatura do estatuto do torcedor, o ministro dos Esportes, Agnelo Queiróz, voltou a reiterar a boa vontade do governo em abrir linhas de crédito para a recuperação da estrutura esportiva no país. Na visita à Arena, no mês passado, Queiróz havia, inclusive, demonstrado vontade de ver o estádio atleticano concluído. O dinheiro viria através de um financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Ontem, o presidente Mário Celso Petraglia esteve em Brasília (acompanhado pelo ex-deputado federal Paulo Cordeiro – atualmente trabalhando na Nokia) para conversar com o ministro dos Esportes. Em entrevista à Rádio Clube, ele confirmou o pedido. “Felizmente já fizemos os investimentos que tínhamos que fazer para cumprir o estatuto do torcedor. Agora, é um esforço, com a ajuda que estamos pedindo (do governo) para concluir e darmos à nossa torcida o melhor estádio da América do Sul”, revelou.
Para efetivamente receber o dinheiro e dar início às obras, o clube precisa estar em dia com todos os encargos sociais e trabalhistas, condições que os dirigentes dizem não haver nenhum problema. A única questão seria a presença do Colégio Expoente na área a ser construída. Uma ação de despejo corre na Justiça e espera o julgamento dos últimos recursos. No entanto, segundo apurou a Tribuna, um acerto entre clube e os donos da escola já estaria formalizado para a liberação da área assim que os dirigentes atleticanos obtivessem o dinheiro para a construção.
Leilão beneficente continua
Assessoria de Imprensa – Atlético-PR
O leilão beneficente de uma camisa autografada pelos jogadores que fazem parte do elenco do Atlético continua. Os lances podem ser dados até o dia 02 de junho e o resultado será divulgado no dia 4 de junho. Até o momento, o maior valor oferecido pela camisa é de R$ 360 e pertence a um torcedor atleticano que reside em Florianópolis.
O leilão, que está sendo promovido pelo site não oficial E-Atletico.com e pelo Clube Atlético Paranaense, visa arrecadar fundos que serão doados aos voluntários da paróquia da Igreja Santa Catarina Labouré. O fundo conseguido com o leilão será aplicado na compra de alimentos e material de higiene que serão doados à Associação Beneficiente São Roque, entidade que cuida de pessoas carentes portadoras de hanseníase.
Os interessados em participar do leilão devem acessar o site www.e-atletico.com e seguir as instruções.
