Além de toda a pressão de um clássico Atletiba, o duelo de amanhã, contra o seu maior rival, às 19h30, na Vila Capanema, terá caráter decisivo para as pretensões do jovem time atleticano no Paranaense. Ainda sem vencer e ocupando a vice-lanterna do Estadual, a equipe comandada pelo sérvio Deján Petkovic entrará em campo pressionada para conquistar seu primeiro resultado positivo. Caso contrário, o Ventania vai para as últimas seis rodadas precisando vencer pelo menos quatro partidas para conseguir a classificação para os playoffs e de quebra evitar o vexame de disputar o torneio da morte da competição. “Vencer um grande rival sempre é bom. Vencer precisando de pontos é melhor ainda”, frisou o treinador atleticano.
Do outro lado, a pressão não é tão menor assim apesar da melhor posição na tabela. Não bastando os contornos que o Atletiba tradicionalmente tem, a partida ainda tem ares mais decisivos para o time alternativo do Coritiba. Diante do grande arquirrival, a equipe, que recebeu a missão de iniciar as disputas do Paranaense enquanto o elenco principal realiza sua pré-temporada, encerra sua participação no Estadual. E se o Alviverde, atual sexto colocado, ainda não deslanchou na competição, um resultado positivo contra o Atlético transmite uma última impressão positiva ao trabalho, marcado até aqui pela irregularidade.
Depois de estrear com o pé esquerdo contra o líder Maringá e empatar sem gols contra o Arapongas, a vitória sobre o Paraná Clube no clássico Paratiba apresentou perspectivas favoráveis ao time alviverde. Entretanto, o empate diante do Cianorte rodada passada e em pleno Couto Pereira brecou qualquer reação, e foi um balde de água fria nos planos da comissão técnica. ‘No futebol a gente tem que ter resultados, mas os resultados não estão acontecendo. Ficamos pressionados por nós mesmos. Os jogadores me conhecem e sabem a cobrança que tenho sobre eles, pela oportunidade que estamos tendo e não estamos aproveitando, mas tomara que a gente possa estar encerrando essa última partida com chave de ouro’, analisou o técnico Zé Carlos.
Essa chave de ouro almejada do lado verde pode ser a mesma para a saída das últimas colocações pelo Rubro-Negro. A vitória no clássico se torna ainda mais importante a medida que o Furacão terá adversários complicados pela frente até o final da primeira fase do Paranaense. A sequência da tabela atleticana reserva duelos contra Londrina e Maringá, dentro de casa, e J. Malucelli, fora, que além de lutarem pelas primeiras colocações da classificação, já têm, com apenas quatro rodadas disputadas, suas situações encaminhadas dentro do certame.
Além disso, o jovem time rubro-negro terá pela frente, na última rodada do Paranaense, o clássico contra o Paraná Clube, na Vila Capanema, no duelo que pode, inclusive, definir o futuro dos dois times dentro da competição. Por fim, os jogos mais ‘tranquilos’ do Ventania serão diante do Cianorte, na única viagem que a equipe fará para o interior do Estado, e contra o Arapongas, em Curitiba, que é o atual lanterna do Estadual.
Enquanto isso, no Alto da Glória, uma vitória sobre o rival deixa o time titular em melhores condições de brigar pelo pentacampeonato, quando entrar efetivamente em campo. Principalmente pelo fato de que, se a tabela apresentou nível de dificuldade no mínimo razoável nos primeiros jogos, com estreia fora de casa e dois clássicos, a sequência de compromissos na reta final da primeira fase tende a ser menos árdua. E caso os titulares recebam o bastão da equipe alternativa com oito pontos, e vencerem pelo menos três dos seis jogos restantes, o clube se garante entre os quatro melhores da competição e adentra a fase final como favorito. Outra motivação para o time alternativo transpirar vontade em campo contra o Atlético é que será a derradeira chance para mostrar serviço ao técnico Dado Cavalcanti.