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| Hoje sai a definição. Se estiver bem, atacante vai reforçar o Atlético no clássico. |
Uma conversa hoje entre o técnico Antônio Lopes e o atacante Dagoberto vai definir aquela que pode ser a principal novidade do Atlético para o clássico de domingo. Afastado desde outubro do ano passado, o jogador já está treinando normalmente com os colegas no CT do Caju, mas ainda sem o ritmo necessário para encarar um jogo oficial pelo Campeonato Brasileiro. Se ele estiver se sentindo bem, enfrenta o Coritiba. O restante do time será formado por reservas, mas isso também será definido à tarde.
"Eu tenho que conversar com ele amanhã (hoje). Ficou tudo programado e os trabalhos foram direcionados para que ele, pelo menos, pudesse ficar no banco no domingo", revela o treinador. No entanto, o aproveitamento do artilheiro e ídolo da torcida vai depender de como Dagoberto estiver se sentindo. "Eu ainda não sei direito. Ele participou de um coletivo ontem (quarta-feira), vai participar de outro e não sei ainda como ele se portou", explica Lopes.
A última partida do atacante aconteceu justamente num clássico, contra o Paraná Clube, pelo Brasileirão do ano passado. Ele rompeu os ligamentos do joelho esquerdo no dia 17 de outubro, sofreu uma cirurgia e vem se recuperando para voltar aos gramados. "O treinamento de quarta foi legal, mas não sei ainda se vou jogar. Tenho que buscar ritmo de confiança. Na reunião de amanhã (hoje) é que vamos decidir", adianta.
Além dele, o restante da equipe será de jogadores que não estão disputando a Copa Libertadores da América. "Nós temos alguns jogadores que estão machucados. Teremos que poupá-los forçosamente por causa de contusões e temos que ver o desgaste do grupo", pondera Lopes. No entanto, a tendência é de que ninguém que jogou contra o São Paulo enfrente o Coxa. "Vamos ver como os jogadores irão se apresentar, a comissão técnica vai se reunir, analisar, mas vamos poupar por razões de ordem médica e aqueles que estiverem muito desgastados", antecipa.
Assim, o time para o clássico deverá sair no coletivo de hoje. Como é Atletiba, Lopes deverá lançar mão novamente dos trabalhos secretos. O time provável para jogar domingo deverá ter Tiago Cardoso; Etto, Adriano, Paulo André e Beto; Ticão, André Rocha, Evandro e Rodrigo; Cléo e Jorge Henrique (Dagoberto).
Calor da torcida na chegada em Curitiba
Se o empate frustrou a expectativa dos atleticanos, que queriam a vitória na primeira partida da final da Copa Libertadores, não tirou a empolgação na recepção no desembarque em São José dos Pinhais. Mesmo com o frio de "rachar" no Aeroporto Afonso Pena, uma pequena legião de rubro-negros foi saudar a delegação do Furacão, que retornava de Porto Alegre. Confiança era o que não faltava entre jogadores e comissão técnica.
"Fizemos uma boa apresentação e isso foi importante também. A equipe mostrou que tem condições de ser campeã e está tudo igual", aponta o técnico Antônio Lopes. Para o treinador, mesmo enfrentando uma grande equipe como o São Paulo, seus comandados podem trazer o título do Morumbi. "Não tem vantagem e o Atlético tem amplas condições de ganhar o título lá pelo que mostrou diante de um bom adversário e de grande valor", destaca.
Seguindo a linha do "professor", os jogadores também apostam na igualdade de condições para vencer na casa do Tricolor. "Ninguém abriu vantagem ainda. Fizemos um jogo equilibrado e eu espero esse mesmo equilíbrio na próxima partida", diz o goleiro Diego, um dos mais festejados na porta do desembarque. Para ele, o empate foi um típico resultado de final de campeonato. "As duas equipes estavam bem postadas taticamente, marcando forte e os atletas tendo que se superar na força e eu espero que no próximo jogo dê a nossa equipe", analisa.
Como a equipe que atuou contra o São Paulo não joga o Atletiba, o time titular passará o final de semana se preparando para o confronto decisivo de quinta-feira que vem. Pela programação do clube, a viagem para a capital paulista está marcada para quarta-feira à tarde.
Tubulares passam por nova inspeção hoje
Carlos Simon
As arquibancadas tubulares que o Atlético pretendia usar contra o São Paulo na Arena foram vetadas ontem, por autoridades de segurança do Estado. Uma comissão de vistoria formada pela Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e Federação Paranaense de Futebol considerou o espaço inadequado ao Estatuto do Torcedor e estabeleceu uma série de exigências para liberar o estádio. Uma nova e definitiva inspeção está marcada para hoje, às 14h.
Entre as irregularidades listadas pela comissão estão a ausência ou número insuficiente de banheiros, de saídas de emergência, de iluminação de emergência, de acesso diferenciado para as duas torcidas e falta de espaço entre guarda-corpos (cercas de proteção). "Nas atuais condições, estas arquibancadas representam risco ao torcedor e não se adequam à Lei Federal", disse o major César Alberto de Souza, chefe de planejamento do Comando de Policiamento da Capital, referindo-se ao Estatuto do Torcedor.
Já o tenente Eduardo Gomes Pinheiro, relações-públicas do Corpo de Bombeiros, preferiu não antecipar qualquer posição e disse apenas que a análise definitiva fica para hoje.
As arquibancadas tubulares com capacidade para 16 mil pessoas foram erguidas às pressas, a partir de sexta-feira, numa última tentativa do Atlético de mandar em casa o primeiro jogo da final da Libertadores. Antes que as autoridades vistoriassem o espaço, a Conmebol vetou o estádio por falta de capacidade de público e indicou o Beira-Rio para o jogo contra o São Paulo.
Na quarta-feira, o Coritiba enviou ofício à CBF pedindo que a entidade solicite, "em regime de urgência", laudos do Corpo de Bombeiros, Polícia Civil e Polícia Militar nas arquibancadas tubulares da Arena, alegando "receio em relação à segurança". O Coxa ainda pede que o setor seja interditado se tais laudos não forem emitidos.
O espaço, por sinal, será destinado aos coxas-brancas em caso de liberação. Ao menos é a intenção do Atlético, que pretende oferecer entre 2 mil e 4 mil lugares aos visitantes. Assim, apenas um pequeno trecho das arquibancadas tubulares estaria liberado, e o restante seria isolado. Mas a recomendação da PM é que as torcidas sejam distribuídas da forma tradicional, com os alviverdes tendo acesso pela Rua Madre Maria dos Anjos. "Nosso esquema de segurança está montado com esta disposição. Mas tudo será decidido após a vistoria final", falou o major César, que ontem reuniu-se com representantes das duas torcidas.
Através da assessoria de imprensa, o Atlético informou que irá providenciar as exigências da PM e Bombeiros até a tarde de hoje.
Mesmo sem qualquer laudo, federação deu condições
As arquibancadas tubulares da Arena ainda não estão liberadas pelo Corpo de Bombeiros. Mas a Federação Paranaense de Futebol antecipou-se, e já na segunda-feira "deu condições" ao novo setor erguido no estádio do Atlético, usando o nome da corporação competente para efetuar tal autorização.
Conforme ofício enviado à CBF e protocolado às 14h de segunda-feira sob o número 1555, a Federação Paranaense de Futebol afirmava ter vistoriado o estádio na manhã do mesmo dia. A FPF disse ter recebido durante a vistoria laudos do Corpo de Bombeiros, da Cosedi (Comissão de Segurança de Edificações e Imóveis) – órgão da Prefeitura de Curitiba – e duas guias do Crea (Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura).
A Federação também informou a suposta capacidade oficial da Arena com a nova obra (41.327 espectadores). Sob o argumento de que o Atlético havia atendido a todas as exigências do regulamento da Libertadores, a FPF solicitou à CBF para que pressionasse a Conmebol a confirmar o jogo contra o São Paulo para a Arena. O documento é assinado pelo presidente da FPF, Onaireves Moura, e pelo presidente da Comissão de Vistorias, Cirus Itiberê da Cunha.
O tenente Eduardo Gomes Pinheiro, relações públicas do Corpo de Bombeiros, confirmou ontem a posição dada na terça-feira pelo comandante da corporação, coronel Mário Wako, e negou a existência de qualquer documento liberando o estádio. "Não houve qualquer liberação, até porque a obra sequer estava pronta", disse o oficial, que afirmou desconhecer o ofício da FPF. Ontem, os bombeiros vistoriaram a Arena e exigiram algumas adequações nas arquibancadas tubulares para autorizar o seu uso. Na terça-feira, um representante da Cosedi, Roberto Marangon, também esteve no estádio para obter documentos que permitissem a liberação das obras.
A Tribuna tentou entrar em contato com Moura e Itiberê, mas os telefones celulares não atenderam às ligações.
