A contratação de um novo treinador na véspera de um clássico pode representar motivação extra para o grupo coritibano. Como todo cuidado é pouco em Atletibas, esse assunto também está sendo tratado no CT do Caju. E não poderia ser diferente. O clássico desta tarde, 15h50, pode decidir com uma rodada de antecipação, o título do Estadual. Basta o Atlético vencer o Coritiba, e o J. Malucelli, que joga contra o Nacional, em Rolândia, tropeçar.
E para tentar evitar a festa antecipada do Furacão, o Coritiba resolveu apostar no amuleto René Simões. O novo treinador do Aliviverde chegou na sexta-feira e foi logo trocando o terno pelo macacão de treinos. René criou nos últimos anos uma boa identificação com o Coritiba e no Brasileirão de 2008, na estréia dele como técnico do Fluminense, na Arena, sapecou um 3 a 1 como cartão de visitas ao Furacão.
Allan Costa Pinto |
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“Todo cuidado é pouco. Clássico se ganha nos detalhes”, diz Geninho |
Conforme Geninho, o técnico adversário é um motivador, de astral muito grande, e que demonstrou desenvolver bem o trabalho de recuperação. “Tem que levar em conta todos esses detalhes. Toda vez que há uma mudança ou ela traz um abatimento, ou uma empolgação maior. Em relação ao René, deverá vir uma empolgação maior. Se já esperávamos grandes dificuldades, agora elas terão um acréscimo”, analisou o treinador rubro-negro.
Independente do que fará o adversário, Geninho também desenvolve o seu trabalho de motivação no Furacão, principalmente em um jogo tão importante quanto o de logo mais.
“Em todos os jogos, não somente em clássico, você trabalha muito mais que a parte técnica e tática. Trabalha vários aspectos. Vê muita coisa do adversário, trabalha o lado psicológico, vê aquele atleta que está pra baixo e tenta levantar. Ou aquele que está empolgado, corta um pouco do salto. Tento fazer com que o grupo prevaleça sobre o individual”, ensina o comandante Rubro-Negro ressaltando que numa reta final, como o Atletiba, esses cuidados e o trabalho são redobrados e que qualquer detalhe pode ser decisivo. “Quanto mais próximo do objetivo, mas chato fico. Porque nessa hora tem que fazer de tudo para não deixar escapar nenhum detalhe”, finalizou.