Desde a inauguração da Arena da Baixada, em 24 de junho de 1999, ocorreram 42 edições do clássico Atletiba. Foram 20 na Arena da Baixada, 19 no Couto Pereira, um no Pinheirão, em 2005, e o de quarta-feira passada na Vila Capanema. O duelo de anteontem não entrou para a história apenas como o primeiro com torcida única. Neste período – de 1999 a 2012 – foi também o de pior público: 5.397 pagantes. Para realizar o lavantamento, o Paraná Online considerou apenas partidas disputas pelas seguintes competições: Paranaense, Brasileiro, Sul-Minas e Seletiva da Libertadores.
Nos 20 Atletibas disputados na Arena da Baixada, a média de público é de 19.976 pessoas, ou seja, quarta-feira o Furacão não arrastou nem um terço do que conseguia quando mandava o clássico em seu reduto. Se o confronto tivesse sido aberto aos coxas-brancas, nem assim se aproximaria da média dos 12 anos, haja vista que apenas 999 ingressos seriam disponibilizados para a torcida rival.
No Caldeirão, o maior público em um Atletiba foi em 2000, também pelo Campeonato Paranaense. O clássico atraiu 27.645 torcedores. O menor público havia sido registrado em 2007: 14.530 pessoas, também pelo Estadual. Já no Couto Pereira, o duelo que mais atraiu público no período foi também no Paranaense de 2000: 37.498. O pior foi em 2004, igualmente pelo Paranaense, quando apenas 12.837 viram o empate por 1 x 1 entre Coritiba e Atlético. No Alto da Glória, a média de público dos Atletibas é de 26.524.
Diante das revelações trazidas pelo Atletiba, conclui-se que a separação forçada do Atlético da Arena da Baixada está afastando a torcida do time, mesmo com o Furacão promovendo a campanha “Te sigo em toda parte”. A prova é que o pífio público do Atletiba de quarta-feira foi o maior do clube neste Estadual. Até então, a maior plateia (3.474) tinha sido no jogo contra o Roma Apucarana, no Janguito Malucelli – confronto que marcou a primeira partida do Furacão em Curitiba na temporada.
Antes disso, o time havia estreado em Ponta Grossa e o Germano Krüger atraiu apenas 1.897 pessoas. Neste jogo, o clube amargou um déficit de R$ 17.455,37. A conta negativa não foi exclusividade apenas da rodada inicial do Estadual. Contra o Corinthians Paranaense, jogo da oitava rodada, o Janguitão também deu prejuízo de R$ 19.280,00.
Após a estreia em Ponta Grossa, o clube recuperou-se um pouco na arquibancada. No segundo jogo como mandante foram 3.474, contra o Roma. Depois veio o Toledo, com 2.693 torcedores, e por fim o Timãozinho, com 2.163 pessoas.
