Atletiba de baixo nível técnico na Arena da Baixada

Muita correria e disposição, mas baixa qualidade e produtividade. Com essas características, o Atletiba de ontem à tarde não poderia terminar com um placar diferente do 0 a 0.

Resultado que foi comemorado pelo Coritiba, por jogar fora de casa, e lamentado pelo Atlético, que deixou de somar mais 2 pontos na Arena. O futebol apresentado por ambas equipes nem de longe fez jus à presença de 20 mil torcedores, que viram apenas um lance de perigo em mais de 90 minutos de disputa.

O arremate de Marcelinho Paraíba e a presença determinante de Rhodolfo para salvar o gol em cima da linha. Fora isso, um clássico para se lamentar. Por jogar em casa, esperava-se muito do Atlético. E o time rubro-negro começou tocando bem a bola e encurralando o adversário.

Mas, com o passar do tempo, ficou evidente que a única arma do time era a velocidade de Wallyson, caindo pela esquerda. E a única, e melhor alternativa do time para vencer o esquema de três zagueiros, armado por René Simões, quase deu certo. Por duas vezes. Porém, a conclusão dos lances foi deficiente.

O maior volume do Atlético perdurou até os 35 minutos. Depois, o Coritiba se posicionou melhor e equilibrou o jogo, mas também sequer ameaçou o gol defendido por Vinícius.

Falsa impressão

Logo no início da 2.ª etapa, o Atlético deu a impressão que viria para uma grande blitz diante do rival. Mas foi só impressão. Paulo Baier dividiu uma bola com Vanderlei, que mostrou coragem ao abafar o chute do estreante no Atletiba.

Aliás, esse foi o único lance de produtividade do meio-campista rubro-negro. Nem mesmo na bola parada, um de seus pontos fortes, Baier se destacou. Outros jogadores que estiveram com rendimento bem abaixo da expectativa foram Marcinho e, principalmente, Rafael Moura.

Isso, por si só, já explica o marasmo que tomou conta do Furacão nos últimos 45 minutos. Do lado coritibano, também não corresponderam Carlinhos Paraíba e Bruno Batata, que substituiu Ariel, contundido.

A grande figura do clássico, novamente, foi Marcelinho Paraíba. No 2.º tempo, ele se movimentou mais e colocou o Coxa no jogo. Com sua habilidade desequilibrou e quase levou o time do Alto da Glória à vitória.

Aos 24 minutos, Marcelinho teve a chance de definir a partida. Invadiu a área, driblou Vinícius e chutou. Porém, em cima da linha, apareceu o pé salvador de Rhodolfo, que impediu a coroação do melhor jogador em campo. Outro atleta que acordou na etapa final e ajudou no crescimento de produção alviverde foi Pedro Ken.

Ao Atlético, restou a tentativa de abafa nos minutos finais e a reclamação de duas penalidades não assinaladas pelo árbitro Wilson Luiz Seneme. Infrações que não existiram.

No geral, o clássico foi fraco e frustrou a expectativa dos torcedores. Afinal de contas, na gangorra vivida por Atlético e Coritiba, ficou provado que as duas equipes se equivalem. Muito mais nas deficiências do que nas virtudes.

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