O clássico que não houve, o clássico da pressão. O Atletiba da quarta-feira (1), às 20h, na Arena da Baixada, será um jogo de altíssimo grau de nervosismo. Além da natural tensão de todos em saber como será que as coisas irão andar, se tudo será tranquilo, em campo os dois times entrarão pressionados. Se o Atlético titular está muito bem, obrigado, a meninada está em situação muito complicada no Campeonato Paranaense. E o Coritiba vive um período de tensão total, com cobranças por todos os lados.

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O empate do sábado (25) com o Toledo em 0x0 deixou os meninos do Atlético em situação complicada no Paranaense. Só não é mais difícil por conta da punição ao J. Malucelli, que tem seis pontos negativos. Mesmo assim, o Furacão está com três pontos, a dois do Foz, que é o primeiro na zona de rebaixamento. A equipe ainda não venceu no campeonato – empatou com Toledo, PSTC e Rio Branco, e perdeu para o Prudentópolis.

Como ponto negativo, o pênalti desperdiçado por Luís Henrique obrigou Paulo Autuori a sair em defesa do atacante. “A responsabilidade é minha. O Luís mudou a maneira de cobrar e errou. Ele já assumiu a responsabilidade, pediu desculpas”. Oficialmente, o treinador avisou que vai escalar a garotada no Atletiba de quarta-feira, mas não será surpresa se alguns jogadores que precisam de ritmo de jogo (Felipe Gedoz, Carlos Alberto e Thiago Heleno, por exemplo) e outros que preferem estar em campo (Weverton) estiverem no clássico.

Crise

Na parte alviverde do Atletiba, há a consciência de que se não vier a vitória, o que já é uma crise enorme pode virar uma situação insustentável. “Temos o clássico para tentar reverter a situação. Precisamos remontar nossas forças para este jogo”, disse o técnico Paulo César Carpegiani, ainda depois da eliminação para o ASA na Copa do Brasil. O treinador, apesar do respaldo da diretoria, foi muito pressionado nos últimos dias, inclusive com o surgimento até de nomes que poderiam substitui-lo.

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Preocupado com o péssimo rendimento alviverde, Carpegiani certamente vai buscar soluções diferentes no Atletiba. Vai haver estreias. É possível arriscar que o meio-campo seja totalmente diferente, com Jonas permanecendo (a não ser que Alan Santos esteja recuperado, o que é difícil) e Daniel e Anderson já aparecendo como titulares. O ataque dos planos do treinador, com Rildo e Neto Berola ao lado de Kléber, também pode ser escalado. É a cartada decisiva do técnico do Coxa, justamente para não ser a última.