Mais um encontro

#Atletiba: Atlético e Coritiba vão pra um tira-teima em finais de Paranaense

Jogadores de Atlético e Coritiba unidos no "Atletiba do YouTube" que não aconteceu, em fevereiro. Foto: Arquivo

E eis que oitenta jogos e três meses depois, chegaram à final do Campeonato Paranaense os seus mais assíduos participantes. Aos trancos e barrancos, numa competição bagunçada e repleta de erros e lances lamentáveis, Atlético e Coritiba superaram os rivais e vão mais uma vez decidir o Estadual – como no ano passado, e como em outras quinze oportunidades. Será um tira-teima, pois nas 16 decisões anteriores, cada time venceu oito vezes.

Isto não significa que foram apenas 16 anos em que a dupla Atletiba foi campeã e vice do Campeonato Paranaense. Este ano será a 23ª vez em que os dois times estarão nas duas primeiras posições da competição. Isto acontece porque houve anos em que o regulamento não contemplou uma decisão, mas as equipes chegaram na frente dos rivais.

Neste ano, a única vez que Furacão e Coxa estão à frente dos outros times do Estadual é na hora que vale, a final. Na primeira fase, o Paraná Clube ficou bem à frente do Cori, que terminou em segundo, e do Rubro-Negro, que terminou na oitava posição. Mas o Tricolor foi eliminado justamente pelo Atlético, que precisou apenas de um gol de Eduardo da Silva e da ótima atuação de sua defesa para se classificar nas quartas da final. O Coritiba teve mais tranquilidade para superar o Cascavel.

Nas semifinais, o Coritiba já era o time de melhor campanha entre os quatro, mas o Atlético não estava à frente do Londrina, tanto que precisou decidir no estádio do Café. Mas se classificou, e graças aos jovens. Dos protagonistas da vaga, apenas Nikão não foi formado no CT do Caju. De resto, Nicolas, Gustavo Cascardo (assistências), Renan Paulino (gol) e João Pedro (assistência e gol) foram os heróis da eliminação do Tubarão, um time bem mais experiente.

O Coxa, do seu lado, encarou o Cianorte, perdeu o jogo de ida e teve que virar a parada no Couto Pereira. Enfrentou o time mais surpreendente do Estadual, vindo da segunda divisão e com uma estrutura tática de alta qualidade. Precisou contar com o faro de artilheiro de Kléber, que chega mais uma vez à decisão como artilheiro e principal esperança alviverde – mesma situação do ano passado.

E assim como ano passado, a única vantagem do Coritiba é decidir no Couto Pereira, no dia 7 de maio, às 16h. O jogo de ida será no próximo domingo, dia 30, também às 16h, na Arena da Baixada. De resto, os dois times saem do zero na decisão, que certamente vai parar Curitiba nestas duas semanas, mesmo que o Furacão tenha outros dois grandes jogos na cidade no período (contra o Flamengo nesta quarta-feira e contra o San Lorenzo no dia 3, ambos pela Libertadores). Uma decisão do jeito que a torcida gosta. Como sempre, dois Atletibas sensacionais.

Vitória política

Atlético e Coritiba tiveram uma vitória política chegando à final. Hoje os principais adversários da Federação Paranaense de Futebol, os dois clubes deixaram claro seu descontentamento com o campeonato durante a semana passada. O Furacão optou por jogar com o time reserva, e o Coxa pediu arbitragem de outro estado por se julgar ameaçado. A briga, que vem desde 2015, quando a dupla lançou candidato de oposição na eleição da entidade, aumentou muito este ano, por conta da briga pelos direitos de transmissão do Paranaense e depois na confusão do Caso Getterson, quando a FPF se posicionou pedindo a suspensão do campeonato, o que prejudicaria justamente a dupla Atletiba.

No único Atletiba do ano, que seria em 19 de fevereiro, a entidade impediu inicialmente que fosse feita a transmissão pelo YouTube, alegando que os profissionais do canal Esporte Interativo não estavam credenciados. As duas diretorias então retiraram os times de campo, suspendendo a partida, que aconteceu apenas no dia 1º de março. Para a final, a tendência é que a transmissão pela internet, feita pelo Esporte Interativo, seja repetida.

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