A acessibilidade da infraestrutura do evento-teste da canoagem na Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio, foi elogiada pelos atletas paralímpicos brasileiros, únicos que faturaram medalhas para o País na competição, que termina neste domingo. O maior problema, segundo eles, ficou mesmo na água, devido à quantidade de algas nas raias. As plantas travam os remos dos atletas e podem tirar milésimos decisivos em uma prova.
“O que me preocupava muito no começo era a questão de acessibilidade, mas não tive problema nenhum. Foi tudo muito bem feito, com muita preocupação. Há banheiros adaptados, o píer, se é dez centímetros mais alto fica difícil entrar no barco, mas não tive nenhum problema em relação a isso”, contou Fernando Fernandes, que faturou a medalha de ouro nos 200m KL1 masculino.
Fernando Rufino, medalha de bronze nos 200m KL2 masculino, também elogiou a infraestrutura. “Foi um espetáculo, e nos Jogos estará melhor ainda”, disse.
“Único problema, que foi visível a todos, é a questão das algas na água. É algo que pode tirar uma medalha”, ponderou Fernandes.
O atleta, que no último sábado quase caiu do barco após travar em algumas algas, disse não ter enfrentado dificuldades neste domingo, na final. “Mas esse é o problema, pode acontecer e pode não acontecer. E não deve”, afirmou ele, destacando a importância da prevenção para os Jogos Olímpicos 2016.
Neste domingo, o gerente da canoagem no Comitê Rio-2016, Sebastián Cuattrin afirmou que o problema está na mira da autoridade. “Existem alternativas sendo pensadas, planos sendo implementados, temos que aguardar o processo”, disse, atribuindo o problema às elevadas temperaturas em pleno inverno carioca, que facilitam a proliferação das plantas.
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