A bola só rola para Athletico e Boca Juniors na terça-feira (02), na Arena da Baixada, pela Copa Libertadores, mas a movimentação em torno do jogo já é grande. Na tarde deste sábado (30), muitos torcedores do time argentino estiveram na Arena da Baixada para trocar seus ingressos para a partida. A expectativa é que 1.500 “hinchas” do Boca estejam presentes na arquibancada do estádio atleticano para ver o confronto, segundo informações dos próprios torcedores.
Entre os aficionados que vão incentivar os Los Bosteros contra o Furacão está o representante comercial Maximiliano Suarez, de 45 anos, presidente da torcida oficial do Boca Juniors em Curitiba. O argentino mora há 11 anos na capital paranaense e desde que chegou ao Brasil espera por um momento tão especial como esse.
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“Desde que vim morar aqui sonhava em ver o Boca jogar em Curitiba. É um sonho que não tenho palavras para descrever”, contou o fã, que mesmo morando a milhares de quilômetros do estádio La Bombonera, faz questão de se fazer presente. “Sou sócio do Boca há 28 anos, então daqui dois anos vou me tornar vitalício e terei entradas garantidas em todos os jogos sem precisar pagar mais nada. No ano passado estive lá na final do Campeonato Argentino quando ganhamos do River”, contou Maxi, como é chamado, que pelo menos uma vez por ano vai até sua terra Natal para ver de perto seu time.
Além de visitar La Bombonera sempre que possível, Maxi também percorre o Brasil acompanhando o Boca. “No ano passado, fui na partida contra o Palmeiras, em São Paulo, pela Libertadores”, lembrou o torcedor que além de presidir uma torcida com quase 50 membros – entre eles argentinos e brasileiros – em Curitiba, também é filiado a organizada do Boca em São Paulo.
Para o representante comercial, não há discussão quando se trata de quem é o melhor jogador que passou pelo seu time. “O primeiro e maior, sem dúvidas, é Maradona, e pra mim o segundo jogador mais importante de nossa história é Riquelme”, lembrou. Maxi passou sua paixão, como não poderia deixar de ser, para seus dois filhos que são metade brasileiros. Valentina, de seis anos, e Francisco, de dez, herdaram o amor pelo Boca. Apesar de irem para a Argentina frequentemente, Francisco, por morar aqui, acabou tendo uma certa simpatia por outro clube.
“Também acompanho os jogos do Coritiba, mas no momento não estou muito feliz com o time”, disse o menino, que coloca em primeiro lugar a tradição do pai pelo Bostero. Outra torcedora que fez questão de já garantir sua entrada no jogo foi Francielle Marques, a Shams. Nascida em Curitiba, toda família materna da fã do Boca é argentina e ela chegou a morar na terra natal de sua mãe por alguns anos.
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Shams, Maxi e tantos outros apaixonados pelo Boca que estarão presentes no jogo prometem fazer a arquibancada da Arena tremer. “Vamos nos reunir na terça-feira a partir de meio dia, recepcionando nossos amigos que estão vindo de outras cidades do Brasil e da Argentina. Como é típico da nossa torcida, vamos cantar os 90 minutos nossas músicas, não deixando de vibrarmos em nenhum momento”, disse o presidente da torcida local.
Sem medo de encarar o Furacão, mesmo que o time esteja repleto de “hermanos” como Lucho Gonzáles, Braian Romero e Marco Ruben, Maxi fez apenas uma ressalva. “Nosso time tem que marcar muito bem o Marco Ruben, porque quando ele estava no Rosário ele sempre fazia gols em cima de nós”, alertou. Quanto ao placar do jogo, Maxi não tem dúvidas de quanto será. “Será 2×0 para o Boca, com gols de Benedetto e Tévez”, cravou.
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