Aos poucos, o técnico Tiago Nunes vai dando cara ao time do Athletico versão 2019. Bem na verdade, vai mantendo a base de 2018, mas corrigindo alguns pontos. Na vitória por 3×0 sobre o Guaraní, do Paraguai, na noite de quarta-feira (19), na Arena da Baixada, o que se viu em campo foi um Furacão indo pra cima, se impondo diante do adversário e abusando de jogadas de velocidade. A diferença em relação à vitória por 2×1 sobre o General Díaz, também do Paraguai, na semana passada, foi que, desta vez, o Rubro-Negro criou mais oportunidades – e as aproveitou.
Mas se a atitude mudou, o estilo de jogo não. Mais uma vez, o comandante atleticano mandou a campo uma equipe no 4-3-3, mais parecida com aquela que conquistou a Copa Sul-Americana. Desta vez, o primeiro volante não ficou isolado mais atrás. Camacho – que substituiu Wellington – atuou ao lado de Bruno Guimarães, com Tomás Andrade com mais liberdade na criação, quase formando uma linha de armadores com Nikão e Rony pelas pontas. Estes dois constantemente trocavam de lado, confundindo a marcação.
+ Leia também: Possível reforço do Furacão, argentino coleciona polêmicas
As substituições que Tiago Nunes fez também deram uma nova cara ao Athletico. Com as entradas de Renan Lodi, Camacho, Tomás Andrade, Nikão e Paulo André, o Furacão ganhou mais velocidade e criatividade. Tanto que rapidamente a equipe abriu o placar, com Marco Ruben, cobrando pênalti. Em seguida, o camisa 9 já mostrou entrosamento ao aproveitar de cabeça cruzamento certeiro de Renan Lodi.
Pelo que se viu em campo, a tendência é que esta seja a formação do Rubro-Negro na estreia na Libertadores, diante do Tolima, no dia 5 de março, na Colômbia. Não só pela melhor postura, mas também porque o treinador fez menos testes em campo. Se contra o General Díaz em alguns momentos o time atleticano mudou até a formação tática, atuando no 3-4-3, desta vez o esquema se manteve o mesmo. Além disso, os 11 titulares ficaram em campo mais tempo.
As primeiras substituições foram apenas aos 15 da segunda etapa, quando Léo Pereira, Márcio Azevedo e Wellington entraram, nos lugares de Paulo André, Renan Lodi e Camacho, respectivamente, justamente por quem foram preteridos no início do confronto, assim como na sequência, quando Léo Cittadini substituiu Tomás Andrade. O camisa 8, aliás, foi o que menos se sentiu ‘à vontade’ na sua posição. Era para ser um meia central, mas muitas vezes caía para os lados. Na etapa final, chegou a inverter posição com Nikão, o que mostra que a função de armador ainda está vaga.
+ Mais na Tribuna: Athletico se espelha em gigantes europeus pra virar ‘time de dono’
Somente na metade final do segundo tempo é que o Athletico foi praticamente todo remodelado em campo, com Nunes observando os reservas e Marcelo Cirino fazendo o terceiro gol. O que chamou a atenção foi mais uma vez o teste de Nikão como centroavante, mesmo que por alguns minutos, até a entrada de Jaderson, com Marcelo Cirino e Braian Romero abertos pelas pontas.
Ainda assim, a postura tática foi praticamente a mesma, variando para um 4-1-4-1, com Wellington de primeiro volante e Bruno Guimarães e Léo Cittadini um pouco mais avançados, assim como começou o amistoso da semana passada. Um pequeno sinal do que deve ser este Furacão versão 2019. Restam apenas definir todas as peças.
+ APP da Tribuna: as notícias de Curitiba e região e do Trio de Ferro com muita agilidade e sem pesar na memória do seu celular. Baixe agora e experimente!