Desde que assumiu o comando do Athletico, em julho do ano passado, o técnico Tiago Nunes não passava por um momento de tanta instabilidade à frente do time. A derrota do Furacão pro time reserva do Grêmio por 2×1, em Porto Alegre, pelo Campeonato Brasileiro, reforçou bem esta situação adversa. Não que o Furacão tenha feito um jogo ruim, mas a equipe voltou a oscilar em alguns momentos e falhou muito no sistema defensivo, o que resultou na segunda derrota seguida na competição nacional.
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Assim, o Athletico ficou mais longe do G6 do Campeonato Brasileiro. Sua condição de meio de tabela é justa diante de atuações irregulares e sem empolgar até agora na competição nacional. Contra o Grêmio, o treinador fez algumas mudanças na equipe. Jogadores como o lateral-direito Khellven, o meia Léo Cittadini e o atacante Vitinho, que não vinham atuando, foram titulares, mas não conseguiram uma regularidade durante os 90 minutos.
O sistema defensivo foi o ponto fraco da atuação do Athletico na derrota para o Grêmio. Falhou logo aos três minutos, quando Luan abriu o placar. Diante de um time todo reserva do tricolor gaúcho, o Furacão conseguiu se impor em alguns momentos, criou oportunidades, mas não conseguiu empatar no primeiro tempo.
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Na etapa final, o Athletico chegou à igualdade logo no segundo minuto. Marcelo Cirino e Rony voltaram a jogar bem e foi dos pés da dupla que veio o gol rubro-negro, anotado pelo camisa 7, em um belo voleio e que não deu chances para o goleiro Julio César. Mas mal deu tempo de comemorar. Minutos depois, Thaciano aproveitou o buraco na defesa atleticana e recolocou o Grêmio em vantagem. Os gaúchos só não ampliaram graças à defesa do goleiro Santos na penalidade cobrada pelo atacante Diego Tardelli.
“Fizemos um jogo de igual para igual, com posse de bola equilibrada e chance de gol também. Os números não traduzem o resultado, talvez o mais justo seria o empate. Mas estou satisfeito porque crescemos de produção em relação ao jogo da outra vez com o Grêmio”, avaliou o técnico Tiago Nunes.
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Ainda segundo o treinador, a oscilação de alguns jogadores durante a temporada faz parte do processo. Campeão da Copa Levain, mas eliminado na Libertadores, vice-campeão da Recopa Sul-Americana e com uma situação delicada na Copa do Brasil, já que precisa reverter dois gols de vantagem do Grêmio, o Athletico é um clube mais forte desde a sua chegada.
“A gente tem um planejamento, tudo feito desde o início. Você entende talvez que alguns jogadores não deem a resposta que você deseja, faz parte do processo. Outros acabam surpreendendo e dando uma resposta maior do que se imagina. Eu encaro com naturalidade. Se eu fizer uma retrospectiva, até levando em consideração o acompanhamento da direção, vejo que o clube está em um processo de melhora. A gente é um clube mais forte do que era há dois, três anos”.
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Como há algum tempo não acontece, o técnico Tiago Nunes terá a semana cheia para preparar o Furacão para o duelo contra o Ceará, no próximo sábado (31), na Arena da Baixada. Será o último compromisso do Rubro-Negro antes da partida de volta da semifinal da Copa do Brasil contra o Grêmio, dia 4 de setembro, também no Caldeirão.