No comando do time principal do Athletico há pouco mais de um ano e com conquistas importantes neste período, o técnico Tiago Nunes tem enfrentado o seu momento mais conturbado na sua passagem pelo clube. Em campo, o Furacão virou um time previsível, e as recentes atuações irregulares e os resultados aquém do esperado deixaram o ambiente instável. Pela falta de representatividade dos comandantes do departamento de futebol do Rubro-Negro, o treinador tem ficado mais exposto perante a imprensa e a torcida.
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Por ser um clube mais fechado, somente Tiago Nunes atende a imprensa após os jogos e acaba tendo que responder diversas questões sobre o atual momento do Athletico. Desde que se aposentou, recentemente, e assumiu a diretoria de futebol do Furacão, Paulo André não deu as caras. Nunca falou com a imprensa para comentar sobre o momento do time e também sobre a falta de peças de reposição do grupo rubro-negro.
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O principal problema do Athletico em 2019 é a falta de contratações. O clube, no ano em que teve o calendário mais recheado e atrativo da sua história, foi pouco ao mercado. Pior: não trouxe peças de reposição à altura de jogadores importantes e que foram decisivos na última temporada. Assim, diante da sequência desgastante de jogos, Tiago não tem um grupo com muitas opções. Por isso, falta repertório diante de adversários mais retrancados e que acabam estudando bem a forma da equipe rubro-negra jogar para conseguir melhores resultados.
Recentemente, depois de ter perdido para o time reserva do Grêmio em Porto Alegre, o treinador chegou a comentar da falta de peças, especialmente para o sistema defensivo. Tiago Nunes comentou que a suspensão do zagueiro Thiago Heleno por doping fugiu do controle e não estava no planejamento do clube. “Hoje, em condições normais, teríamos o Thiago Heleno em condições de jogar. E tínhamos a ideia, desde o estadual, de aproveitar o Lucas Halter. Sabíamos da aposentadoria do Paulo André. Não encontramos um jogador com alta capacidade, que viesse e pudesse vestir a camisa do Athletico e sair jogando. Quando falo não encontramos não é só a questão técnica, mas também a questão salarial”, comentou.
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Eliminado nas oitavas de final da Libertadores, vice-campeão da Recopa Sul-Americana e no meio da tabela do Campeonato Brasileiro, o Athletico ainda tem a disputa disputa da Copa do Brasil. Mas terá que tirar a vantagem de dois gols aberta pelo Grêmio na partida de ida da semifinal, em Porto Alegre, há duas semanas. E justamente para essa partida de volta, dia 4 de setembro, na Arena da Baixada, que é a mais importante da temporada até agora, Tiago Nunes terá um grupo ainda mais enxuto.
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Sem poder contar com os zagueiros Léo Pereira, suspenso, e Pedro Henrique, que já atuou pela Copa do Brasil, o treinador terá que recorrer a Lucas Halter e Robson Bambu no duelo contra o tricolor paulista. O lateral-direito Madson e o atacante Thonny Anderson, que pertencem ao Grêmio, também não poderão jogar. Pior do que isso, o técnico está tendo que lidar com outros problemas dentro do elenco do Athletico. Um deles é o meia Nikão, que já manifestou seu interesse de deixar o clube para atuar no futebol do exterior. Momento conturbado e que acaba colocando dúvidas no trabalho feito pelo comandante atleticano nos últimos meses.