“Santos é um santo”. A frase que dá ao goleiro do Athletico uma aura beatificada foi proferida pelo técnico Tiago Nunes após a classificação histórica para a decisão da Copa do Brasil, que começa nesta quarta (11), no jogo de ida contra o Internacional. Diante do Grêmio, mais uma vez a estrela do arqueiro brilhou e ele foi fundamental na disputa da vaga para a final, nos pênaltis. O treinador, na verdade, quis se referir ao caráter do atleta, que se recusa a fazer cera ou se valer de qualquer artimanha pouco ortodoxa para se beneficiar.
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Já para a torcida, a santidade do arqueiro tem mais a ver com a vocação dele para operar milagres. No último ano e meio, o Furacão teve nada menos que seis disputas de pênaltis e levou todas: uma delas com direito ao título da Copa Sul-Americana. Sem desmerecer os convertedores do Furacão ou desdenhar a inabilidade dos cobradores adversários, os holofotes em cada uma destas decisões se voltaram para Santos.
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Por falar em holofotes, o goleiro nasceu em Campina Grande, mas foi criado em Cabaceiras, conhecida como a ‘Roliúde Brasileira’. A pequena cidade, que fica a quase 200 quilômetros de João Pessoa, capital paraibana, já serviu de locação para pelo menos dez filmes. Tudo graças ao casamento perfeito entre clima e luminosidade, que garantem elementos de fotografia exemplares.
Entretanto, seu filho mais famoso é o oposto de um grande astro do cinema, já que a discrição é uma das suas maiores características. Diferente de seu antecessor na meta do Furacão, Weverton, Santos é uma figura se não faz esforço pra aparecer.
Mas se na fala e no gestual ele é comedido, quando exigido ele se agiganta e demonstra um grande controle emocional na meta, que fica ainda mais aguçado na cobranças de penalidades. Talento, aliás, que foi decisivo na sua contratação pelo Rubro-Negro, há onze anos, quando deixou o interior de Pernambuco para ser um dos grandes nomes do Athlético.
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O presidente do Porto-PE, José Porfírio de Oliveira, lembra bem do menino tímido, que chegou da Paraíba ainda juvenil pra tentar a sorte no mundo da bola. “Ele veio do interior da Paraíba e passou a morar no alojamento. Sempre teve este jeito calmo e tranquilo”, relembra. Na campanha de 2008 do time na Copinha, o arqueiro chamou a atenção do Furacão, especialmente depois que ele defendeu um pênalti no jogo contra o Paraná Clube. Foi a deixa para a vida do rapaz começar a mudar.
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“Firmamos uma parceira com o Athletico e ele foi para Curitiba e não voltou mais”. Atualmente, o time pernambucano tem 25% dos direitos federativos do atleta, mas independentemente disso, a turma lá do Porto torce muito pro sucesso do goleiro revelado no clube. “Vamos torcer muito para o Athletico na final. Temos muito orgulho dele e do fato de ele ter sido revelado no Porto”, garante o dirigente.
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