Buenos Aires – Três jogadores do atual elenco do Athletico têm motivos suficientes para se sentirem à vontade no imponente Antonio Vespucio Libertti, o Monumental de Núñez, palco da partida da finalíssima da Recopa Sul-Americana. Os nomes de Luis Oscar González – Lucho -, Marco Ruben e Tomás Andrade estão eternizados na história do River Plate e literalmente escritos na parede do estádio. No museu do clube argentino, um local rico em história do futebol, há o registro dos atuais atleticanos. O duelo entre o Rubro-Negro e o River, que vale a taça continental acontecerá nesta quinta-feira (30), às 21h30.
Para os apaixonados por futebol, o passeio pelo Museu do River é obrigatório para quem vai a Buenos Aires. O espaço fica dentro do próprio estádio e a entrada custa a partir de 280 pesos argentinos (cerca de R$ 28) até 375 pesos, com ingresso que dá direito a um tour com guia no estádio (R$ 37,50).
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Logo na entrada do espaço, o primeiro contato é com a tão desejada taça da Copa Libertadores 2018, a quarta que o clube possui. Quem por ali passa, não deixa de registrar uma foto ao lado do troféu mais importante do continente e de um painel com os jogadores que fizeram parte da conquista. O tour pela história do River, de fato, começa em um túnel que traz os anos de existência do time pintados no chão em uma espécie de linha do tempo, que começa em 1901 e vai até os dias de hoje. Ao longo desse caminho de mais de um século, salas que destacam as conquistas em cada década.
A próxima atração é uma sala cheia de troféus onde os visitantes têm a certeza de que as conquistas do River Plate são muitas. Chamam a atenção, além de taças feitas de materiais nobres muito antigos e que possuem mais de um século, os outros três ‘canecos’ da Libertadores (1986, 1996, e 2015) e os dois troféus da Recopa Sul-Americana (2015 e 2016), justamente o título em disputa esta semana. O River também possui um troféu desejado por muitos clubes de todo o planeta, o de campeão mundial (1986).
Após passar por uma maquete do Monumental, o maior estádio da Argentina com capacidade para 66.269, o visitante chega a uma espécie de enciclopédia escritas nas paredes com os registros de importantes jogadores que atuaram com a camisa do River Plate. E lá estão Lucho, Marco Ruben e Tomás.
Abaixo dos nomes, a descrição da posição do jogador, seu clube de origem e os títulos conquistados. Há também na ficha os jogos do atleta pelo clube e sua data de estreia com a camisa Millonaria. Entre esses ex-River, apenas Tomás não entra em campo na finalíssima por ainda pertencer ao time argentino e seu contrato de empréstimo ter uma cláusula que exige uma multa para que atue contra o ex-clube.
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A visita termina em uma sala que traz um grande painel com todas as mudanças no escudo do River ao longo de toda a história. Alguns torcedores do Athletico que já estão na cidade aproveitaram para viver a experiência River Plate. O atleticano Eric Serrato, que veio à capital argentina com outros três amigos, fez questão de ir com o grupo no Monumental antes mesmo da grande final.
“É muito interessante poder conhecer mais sobre a história do futebol e desse adversário tão imponente do Athletico. É empolgante ter essa vivência de poder estar em um Monumental lotado, vamos aproveitar”, disse o torcedor que ainda que tenha visto de perto a grandiosidade do River Plate, não tem dúvidas em apostar na vitória do Furacão.
“O placar vai ser 1×1, apertado, mas vamos levar o título. Lucho já é um grande ídolo deles e agora é ídolo nosso, então se ele conseguir erguer essa taça como capitão será histórico”, arrematou.
Homenagem ao aniversário
No última dia 25, o River Plate celebrou 118 anos de história e para celebrar a data o artista plástico Maximiliano Bagnasco pintou em frente ao estádio um mural para retratar a conquista da Libertadores 2018. A obra fica ao lado de uma concessionária, do outro lado da rua em que fica o estádio e mostra alguns jogadores do elenco que ergueu a Taça mais importante de toda a América do Sul no ano passado.