Mesmo que o Athletico não tenha terminado o primeiro semestre na parte de cima da tabela do Campeonato Brasileiro ou, ainda, tenha deixado a Recopa Sul-Americana escapar, outros resultados comprovam a eficiência do técnico Tiago Nunes à frente do Furacão. O comandante, que conduziu o time na arrancada da equipe em 2018 até a consagração com a conquista da Copa Sul-Americana, ainda tem muito crédito e conseguiu outros bons feitos nos últimos meses.
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No comando técnico desde junho do ano passado, quando assumiu a equipe de modo interino, Nunes foi conquistando seu espaço à força. Ele assumiu o time após a saída de Fernando Diniz, que era, até então, o ‘queridinho’ de parte da diretoria do clube, mas que estava degastado por conta dos fracos resultados em campo, que chegaram a deixar o Furacão na zona de rebaixamento do Brasileirão do ano passado.
O novato, que pouco tempo antes tinha levado o time de aspirantes a erguer o título de campeão paranaense, foi deixando sua marca rodada após rodada. Herdou o time na vice-lanterna do Brasileirão, com nove pontos, e foi para as últimas rodadas brigando por vaga na Libertadores, que se não se concretizou via competição nacional, veio com a conquista do título inédito da Sul-Americana. E foi com um histórico de superação que ele se tornou unanimidade na função.
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Neste ano, o calendário recheado do Athletico influenciou para que a equipe não conseguisse um máximo aproveitamento nas diversas disputas, mas, ainda assim, em nenhum momento o técnico passou a ser questionado. Na Série A, o Furacão encerrou o primeiro semestre apenas em 12º lugar, com dez pontos conquistados em nove rodadas. Parte dos insucessos se deu porque o treinador precisou utilizar uma equipe alternativa em algumas partidas a fim de preservar alguns de seus atletas para compromissos considerados prioritários, como as disputas da Libertadores, da Recopa e da Copa do Brasil, competições que rendem bons dividendos aos cofres do clube.
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Aliás, o Rubro-Negro pode até ter perdido a finalíssima da Recopa diante do River Plate, em Buenos Aires, mas conseguiu placares memoráveis diante de dois gigantes da América do Sul neste ano. Bateu o Boca Juniors por 3×0 pela fase de grupos da Libertadores, na Arena, e aplicou 1×0 em cima do River na partida de ida da final da Recopa, também jogando em casa.
Com Tiago Nunes, neste ano, o Athletico tem, até o momento, sete vitórias, dois empates e oito derrotas em 17 jogos oficiais. Em dois amistosos, contra General Díaz e Guaraní, do Paraguai, foram duas vitórias conquistadas. Na avaliação do treinador, que mostrou a dificuldade de precisar dar conta de várias disputas, mesmo com mais placares negativos, o saldo do desempenho do Furacão, até aqui, é favorável.
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“A gente fez um primeiro semestre que, na minha avaliação, teve resultados gerais positivos. Conseguimos uma classificação para as oitavas de final da Libertadores, e também para as quartas de final da Copa do Brasil”, afirmou o técnico.
Agora, uma das metas é, especialmente, desencantar fora de casa, já que o Furacão ainda não conseguiu vencer longe da Arena com a equipe principal nesta temporada. Somar mais pontos fora pode ser decisivo para que o Athletico siga brilhando e conquiste posições melhores, especialmente na competição nacional. “Estamos em uma condição de Brasileiro que não é a melhor, mas nos oportuniza a brigar por uma recuperação no segundo semestre”, finalizou.