O fim de uma era se aproxima no Athletico. Marcelo Cirino, que tem ao todo 11 anos de sua carreira dedicados ao Rubro-Negro, confirmou que não seguirá no time no ano que vem. O contrato do atacante se encerra no fim desta temporada, mas havia expectativa de que ele seguisse no clube após uma temporada vitoriosa, em que o camisa 10 voltou a se mostrar uma peça essencial ao Furacão. Porém, em entrevista ao programa Esporte Espetacular, da TV Globo, o jogador de 27 anos disse que não fica para 2020.
Cria da base da equipe atleticana, Marcelo Cirino soma três passagens pelo time. Sua estreia profissional foi em 2009, no Campeonato Brasileiro, quando teve poucas oportunidades. Mas ele fez seu primeiro gol com a camisa rubro-negra logo na segunda partida, diante do Fluminense, no dia 15 de novembro daquele ano. Desde então muita coisa aconteceu. Em 2011 foi emprestado ao Vitória e no ano seguinte retornou para sua segunda caminhada com o manto atleticano. Ficou até 2014, quando foi comprado pelo Flamengo e por lá permaneceu de 2015 a 2017. Pelo Rubro-Negro carioca, o jogador foi emprestado ao Internacional e para o Al Nasr, dos Emirados Árabes. Em julho de 2018 ele retornou ao Brasil e foi comprado novamente pelo Furacão.
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Contabilizando toda a trajetória do camisa 10 no Athletico, ele soma 50 gols assinalados em 217 partidas. “Tenho muito carinho e gratidão por esse clube. Se hoje sou a pessoa e o atleta que sou devo às pessoas que aqui estão”, destacou na entrevista para a repórter Nadja Mauad.
Ainda que tenha participado de muitos momentos importantes do Furacão nas duas últimas temporadas, com conquistas internacionais como a Sul-Americana e a Levain Cup, no Japão, um lance do atacante em especial vai ficar eternizado na história atleticana. Na final da Copa do Brasil, no estádio Beira-Rio, o jogador deu um drible desconcertante em Edenílson e Rafael Sóbis e foi o autor do passe para o gol que sacramentou a conquista do título. Cirino se livrou da marcação de dois adversários dando uma caneta de letra em Edenilson. Na sequência, fez um corte com categoria em Rodrigo Lindoso, e passou para Rony balançar as redes, aos 51 do segundo tempo. O placar foi de 2×1 e o Furacão se consagrou campeão.
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A decisão de se despedir do Athletico também é motivada pelas escolhas que o atacante pretende fazer em sua carreira. “É difícil falar, são 11 anos aqui. É o final de uma história, mas é hora de seguir outros caminhos, desafios”, comentou. Até porque nem todo caminho percorrido pelo jogador foi de flores no Athletico. Entre 2009 e 2010, por exemplo, ele sofreu duras críticas pelo baixo rendimento em campo e, por isso, foi pela primeira vez emprestado. Nesta última passagem ele foi muito contestado, mas se reergueu. Porém, ele garantiu que qualquer lembrança ruim foi apagada e que pretende deixar uma marca positiva para sempre no Rubro-Negro. “Na memória do torcedor vai ficar um Marcelo que fez de tudo pra honrar essa camisa, dar orgulho ao Athletico”, finalizou.
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