Porto Alegre – Na marca da cal, o Athletico tem sido imbatível. Caso a partida desta quarta-feira (18), válida pela finalíssima da Copa do Brasil, diante do Internacional, precise ser decidida nos pênaltis, o Rubro-Negro conta com um excelente retrospecto ao seu favor. Nos últimos 18 meses, foram sete decisões dessa forma e, em todas, o Furacão se sobressaiu. Com muito estudo em cima dos adversários, o Athletico tem aumentado sua chance de ‘sorte’ nesse tipo de disputa e chega à decisão qualificado a acionar com tranquilidade o goleiro Santos e os batedores em caso de necessidade.
Somando jogos do time de aspirantes, que disputa o Campeonato Paranaense, o Furacão tem sido supremo quando o assunto é decisão em chutes diretos após os 90 minutos regulamentares. A última derrota dessa forma foi na primeira fase do Estadual de 2018, no dia 18 de fevereiro, diante do Rio Branco. Depois disso, o clube somente comemorou jogos que precisaram terminar dessa forma.
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A sequência vitoriosa de penalidades começou na terceira fase da Copa do Brasil de 2018, quando o time eliminou o Ceará por 6×5 no Castelão, em Fortaleza, após empate em 1×1 no segundo confronto. Em seguida, nas quartas de final da Sul-Americana, deixou para trás o Bahia, na Arena da Baixada, por 4×1, já que na soma dos jogos de ida e volta o placar foi de 1×1. O título da mesma competição, a primeira conquista internacional do clube, veio dessa forma: nos pênaltis, vitória por 4×3 em cima dos colombianos do Junior Barranquilla, já que o 1×1 persistiu nos dois confrontos.
Em 2019, a saga de bons resultados nos pênaltis continuou no Paranaense. Na final do segundo turno, a Taça Dirceu Krüger, vitória por 7×6 sobre o rival Coritiba. Na grande final, contra o Toledo, o grande título da disputa veio após o Furacão ganhar por 6×5 . Na própria trajetória desta Copa do Brasil, as cobranças diretas foram essenciais para conduzir a equipe até a final.
Nas quartas, diante do Flamengo e com a pressão de um Maracanã lotado, o Rubro-Negro foi superior nas penalidades e despachou os cariocas. Os dois jogos acabaram em 1×1 e no Rio de Janeiro a permanência na competição precisou ser decidida na marca da cal. Santos brilhou e o Furacão venceu por três chutes convertidos contra apenas um do Fla.
Na semifinal, uma emoção talvez maior. Contra o Grêmio, o Athletico cedeu 2×0 na ida e, na volta, na Arena da Baixada, conseguiu o que muitos acreditavam ser impossível: buscar a igualdade. A decisão foi para as penalidades e por 5×4, com o goleiro Santos defendendo o chute de Pepê, o Rubro-Negro chegou à finalíssima.
O bom aproveitamento do time nesse tipo de cobrança não está acontecendo por acaso, como destacou o técnico Tiago Nunes após a importante vitória diante do Grêmio. O desempenho deo Santos, que tem sido essencial para essas conquistas, é fruto de muito estudo e treinamento, como explicou o comandante.
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“O Felipe Faria, nosso treinador de goleiros, é um cara especial, que não é bom, é muito bom! Com o departamento de análise, ele faz com o Santos um estudo muito aprimorado dos adversários, das características de quem vai bater. É tudo muito estudado e treinado”, reforçou.
Além de ‘dissecar’ os perfis dos batedores, há também uma preocupação em entender a postura do goleiro adversário. Assim, de acordo com o treinador, é traçada a estratégia de quem irá para as cobranças.
“Outra situação que analisamos é a característica do goleiro que vamos enfrentar e aí tentamos encaixar os batedores na ordem e de acordo com o que sabemos”, detalhou, deixando claro que todo esse estudo tem o objetivo de elevar a probabilidade do acaso. “Tem dado certo. Tem um componente que é um pouquinho de sorte, mas tem competência, trabalho e estudo para diminuir a margem de erro e aumentar nossa sorte”, completou.
Herói na trajetória do time até aqui na Copa do Brasil, Santos garantiu que está pronto para, caso precise, ser mais uma vez acionado. “Fico feliz em poder ajudar minha equipe desde o início da competição, então se tiver que ser uma decisão por pênaltis e eu estiver em uma noite abençoada, vai ser”, finalizou.
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