Porto Alegre – Em uma noite que ficará marcada na eternidade, o Athletico calou o imponente estádio Beira-Rio completamente lotado e conquistou seu primeiro título da Copa do Brasil. Foi com muita emoção que, nesta quarta-feira (18), o Rubro-Negro venceu por 2×1 o Internacional no jogo de volta da finalíssima e se consagrou com propriedade como campeão da importante competição nacional.
O jogo começou com o Internacional cumprindo sua promessa de que iria pra cima do adversário em seus domínios. Pressionando o Athletico de todas as formas possíveis, o Colorado tentava fazer valer seu mando de campo e ocupava o campo adversário com total domínio do jogo. O Furacão, por sua vez, trabalhava compactado, preocupado em fechar ao máximo os espaços.
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Logo no primeiro minuto de bola rolando, Guerrero articulou uma jogada na área, a bola voltou para ele por cima e o centroavante teve oportunidade e de cabeça arriscou, mas Santos conseguiu evitar o prejuízo e ficou com a bola. O ‘uhhh’ ouvido pela torcida da casa foi um termômetro para os 89 minutos de emoção – mais acréscimos – que viriam pela frente.
O jogo estava nervoso e a cada paralisação por falta, o Athletico tentava esfriar os ânimos valorizando o tempo sem bola rolando. Os jogadores do Colorado questionavam a todo momento o árbitro pela postura dos atletas do Furacão e Nico López chegou a levar um cartão amarelo por reclamação. Aos 19, uma grande chance do Colorado. Bruno chegou em profundidade do lado direito e lançou para a área. Wellington cabeceou, mas mandou pra fora.
Em um momento do jogo em que o Furacão apenas afastava o perigo, a velocidade de Rony fez a diferença para os paranaenses ampliarem a vantagem. Em uma reação totalmente surpreendente, devido à postura do Athletico até então, o gol veio. Aos 23 minutos Rony conseguiu um contra-ataque e subiu com a bola. O atacante passou para Marco Ruben, na esquerda, e o camisa 9 recuou para o meio da área. Léo Cittadini conseguiu dominar e mandou para o fundo das redes, calando grande parte do estádio, mas, em contrapartida, fazendo o espaço destinado aos pouco mais de dois mil atleticanos explodir de emoção.
Mesmo atrás no placar, o Internacional não se deixou abalar e seguiu apostando em seu jogo agressivo. De tanto pressionar, o gol dos donos da casa saiu. Aos 31 minutos, em um bate rebate na área, com direito a bola na trave com chute de Guerreiro e desvio na cabeça de Lindoso, Nico López aproveitou a sobra de Victor Cuesta e fez o gol Colorado.
Patrick ainda teve mais uma chance nos acréscimos de colocar o Inter na frente, quando do lado esquerdo mandou uma bomba, a bola fez a curva e quase enganou o goleiro Santos. Na segunda metade do jogo, Odair Hellmann já voltou ao gramado com o time alterado. Rafael Sóbis entrou no lugar de Patrick na tentativa de tornar o setor ofensivo do Inter ainda mais perigoso.
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Aos sete minutos, o Colorado teve uma oportunidade em cobrança de falta. Do lado esquerdo na entrada da área, Rafal Sóbis chutou cruzado. A bola quicou, mas Santos segurou com tranquilidade. A estratégia do Internacional para conseguir avançar à área atleticana com mais liberdade era trabalhar a bola em recuo para desfazer um pouco da compactação do time de Tiago Nunes. Assim que o ‘paredão’ se abrisse, as bolas eram ‘enfiadas’ para uma das pontas que avançava na velocidade.
Aos 24, Wellington Silva mandou uma bomba da entrada da área, mas a bola foi pra fora. O time gaúcho vinha pra cima do Rubro-Negro como um rolo compressor, atacando de forma cada vez mais aguda, mas o Athletico aguentou firme as investidas. Com isso, os donos da casa passaram a jogar mais nervosos e erraram mais passes, perdendo a qualidade nas chegadas.
A equipe paranaense precisou se segurar até o apito final. E quando o juizão já se preparava para apitar veio uma jogada incrível de Marcelo Cirino. O atacante brilhou pela esquerda e rolou para Rony fazer 2×1, sacramentando a conquista.
Ficha técnica
COPA DO BRASIL
Final – jogo de volta
INTERNACIONAL 1×2 ATHLETICO
Internacional
Marcelo Lomba; Bruno (Nonato), Rodrigo Moledo, Victor Cuesta e Uendel; Rodrigo Lindoso, Edenílson, Patrick (Rafael Sóbis) e Wellington Silva; Nico López e Guerrero.
Técnico: Odair Hellmann
Athletico
Santos; Khellven (Madson), Léo Pereira, Robson Bambu e Márcio Azevedo; Wellington, Léo Cittadini (Lucho González) e Bruno Guimarães; Nikão, Rony e Marco Ruben (Marcelo Cirino).
Técnico: Tiago Nunes
Local: Beira-Rio (Porto Alegre – RS)
Árbitro: Wilton Pereira Sampaio (Fifa-GO)
Assistentes: Emerson Augusto de Carvalho (Fifa-SP) e Bruno Raphael Pires (Fifa-GO)
VAR: Bráulio da Silva Machado (Fifa-SC)
Gols: Léo Cittadini 23 1ºT; Nico López 31 1ºT; Marcelo Cirino aos 50′ do 2ºT
Cartões amarelos: Nico López, Bruno, Moledo (INT); Wellington, Marco Ruben (CAP)
Público pagante: 44.804
Público total: 50.355
Renda: R$ 2.742.150,00