Na última segunda-feira (24), a Arena da Baixada completou 20 anos desde a sua reinauguração, em 1999. Desde então, o estádio se tornou um marco na história do Athletico. Construído em cima do caderno de encargos da Fifa para a Copa do Mundo de 1998, o Joaquim Américo foi levantado do zero e foi o pontapé inicial para a reestruturação do futebol do Furacão, se tornando o estádio mais moderno do Brasil na época e mostrando que o clube estava investindo em estrutura.
Porém, mais do que se tornar um patrimônio e uma referência para vários times, a Arena foi fundamental para o Rubro-Negro dentro de campo. Foi em sua casa que o Athletico alcançou suas maiores façanhas. Apesar de muitos – principalmente aqueles de fora do Estado – relacionarem o bom momento atleticano ao gramado sintético, uma vez que a equipe tem dificuldades jogando fora de casa, essa forte relação atuando diante da sua torcida não é de hoje. Quase sempre foi assim.
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Os números mostram isso. Nestes 20 anos, considerando apenas jogos oficiais – descartando amistosos, duelos festivos e eventos-testes -, foram 576 partidas na Arena, com 356 vitórias, 129 empates e 91 derrotas, o que dá um aproveitamento de 69,2% dos pontos disputados. Neste período, vieram as conquistas do Campeonato Brasileiro de 2001, da Copa Sul-Americana de 2018, títulos do Campeonato Paranaense e campanhas exemplares em vários torneios.
Em algumas temporadas, o desempenho do Furacão em casa foi impressionante. O melhor deles é justamente o atual ano, com 79,6% de aproveitamento, com 14 jogos, um empate e três derrotas. Algo bem próximo ao de 2001, justamente no ano que levantou a taça do Brasileirão, somando 79,4% dos pontos disputados, com 25 vitórias, seis empates e três derrotas. Em 2005, ano do vice da Libertadores, o retrospecto foi semelhante, com 79%, ganhando 26 vezes, empatando cinco e perdendo quatro.
Uma campanha parecida aconteceu em 2004, quando foi vice-campeão brasileiro, somando 78,4% dos pontos disputados, perdendo apenas duas vezes ao longo de toda aquela temporada, vencendo em 22 oportunidades e empatando outras sete.
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Uma campanha parecida aconteceu em 2004, quando foi vice-campeão brasileiro, somando 78,4% dos pontos disputados, perdendo apenas duas vezes ao longo de toda aquela temporada, vencendo em 22 oportunidades e empatando outras sete.
Mais recentemente, as melhores campanhas foram em 2016 (78,1%), quando terminou no G6 e conquistou a vaga à Libertadores, 2018 (73,5%), na reação comandada pelo técnico Tiago Nunes, que tirou o time da zona de rebaixamento e também faturou a Sul-Americana, perdendo uma única vez em casa, e 2010 (77,1%), quando foi derrotado só duas vezes em casa e brigou por vaga na Libertadores até a última rodada do Brasileirão.
Desempenho que transformou a Arena da Baixada em um verdadeiro ’Caldeirão’. Jogar no estádio era sinônimo de confiança dos rubro-negros. A pressão criada pelas arquibancadas empurrava o time pra cima dos adversários. Até mesmo neste novo Joaquim Américo.
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De 2012 até a metade de 2014, os atleticanos ficaram longe da sua casa, por conta das obras para a Copa do Mundo de 2014. Quando voltaram, era tudo novo. Mesmo assim, aos poucos, o elo foi voltando. Se agora os jogos não estão sempre lotados, o desempenho segue sendo altamente positivo.
Claro que tiveram anos em que o resultado não saiu como o esperado. A pior temporada caseira foi em 2017, com apenas 53,3% dos pontos somados, seguida por 2002 (56,6%) na ‘ressaca’ pós-título do Brasileirão, 2006 (56,9%), e 2011 (59,8%), quando foi rebaixado no Campeonato Brasileiro. Foram as únicas vezes que o Athletico teve um aproveitamento menor que 60% na Arena.
Ou seja, a Baixada surgiu para mudar o Furacão, dentro e fora das quatro linhas. Se virou um patrimônio importante, além de ter colocado o clube em um patamar internacional, sediando uma Copa do Mundo, também fez valer cada centavo investido para que o time se tornasse um dos grandes do Brasil, com grandes campanhas no Caldeirão.
Neste sábado (29), no amistoso contra o Cerro Porteño, do Paraguai, o Rubro-Negro reencontrará o primeiro adversário do estádio, com motivos de sobra pra festejar a data.