Escapou por entre os dedos a primeira colocação do Grupo G da Libertadores para o Athletico. Depois de segurar a pressão do Boca Juniors durante quase toda a partida, o Furacão saiu na frente, mas tomou a virada aos 49 minutos e a derrota por 2×1 fez o time terminar a fase de grupos da competição na segunda colocação.
O adversário será conhecido somente na segunda-feira (13), mas o Rubro-Negro já sabe que vai ter que decidir as oitavas de final fora de casa. Antes, a equipe de Tiago Nunes enfrenta o Bahia, neste domingo (12), pelo Campeonato Brasileiro, na Arena da Baixada.
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Como já esperado, especialmente por precisar da vitória para ficar com a primeira posição do grupo, o Boca Juniors adotou desde o princípio uma postura mais ofensiva. A ideia do time argentino era de sufocar o Athletico no seu campo. Para isso, apostou nas jogadas pelos lados de Villa e Zárate, que tinham liberdade para atacar.
A primeira boa chance do time xeneize veio aos oito minutos. Zárate arriscou de fora da área e quase marcou. Na sequência, Rony errou ao tentar tirar a bola, Villa cruzou e Benedetto, de letra, obrigou o goleiro Santos a trabalhar pela primeira vez.
Sem contar com Bruno Guimarães, vetado com uma amigdalite, o Furacão tinha dificuldade na saída de bola e na construção das suas jogadas. O Boca, então, seguiu melhor no jogo. O primeiro gol dos donos da casa parecia ser questão de tempo. Aos 14, veio a melhor chance do time argentino no primeiro tempo. A zaga rubro-negra parou e o zagueiro López, livre na pequena área, errou o gol.
A partir daí, o Athletico corrigiu sua marcação. Nikão e Rony passaram a voltar mais para fechar os espaços pelo lado do campo. Assim, o time do técnico Tiago Nunes conseguiu equilibrar a partida. O Furacão, na verdade, passou a ser menos atacado, mas seguiu com dificuldades no setor ofensivo, já que encontrou pela frente a marcação eficiente do adversário.
A marcação encaixada obrigou o Boca Juniors arriscar mais. Assim, o time argentino passou também a errar muitos passes. Mesmo assim, os donos da casa conseguiam ser mais efetivos. Aos 38, Nández lançou e Benedetto, livre na área, mandou para fora. Na única chance do Rubro-Negro, Rony fez a jogada, mas Lucho González chutou fraco e por cima do gol. O time xeneize, ainda antes do intervalo, perdeu Benedetto machucado e, com isso, força ofensiva para o restante do jogo.
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O Athletico parecia ter entendido a forma de atuar do Boca e voltou melhor do intervalo. Preenchendo bem os espaços, o Furacão conseguia ser consistente para defender e tinha uma transição mais rápida. Nikão, de fora da área, quase marcou. O primeiro gol atleticano poderia ter saído aos 11, quando Renan Lodi cruzou, a bola bateu no braço de Buffarini dentro da área, mas a arbitragem nada marcou.
Dono do jogo, o Rubro-Negro chegou ao gol aos 20. Nikão cobrou falta, a defesa parou, o goleiro Andrade falhou e Marco Ruben, carrasco do Boca Juniors, livre, cabeceou para o gol vaziou e fez a festa dos dois mil atleticanos na Bombonera.
O time argentino, então, foi com tudo para o ataque em busca do empate. Tévez entrou e deu mais ofensividade aos donos da casa. A igualdade veio seis minutos mais tarde. Depois do cruzamento da esquerda, a zaga do Furacão falhou e o zagueiro López, livre e em impedimento, mandou para o gol e empatou a partida.
O gol incendiou o jogo e a Bombonera. O Boca aproveitou o momento de instabilidade do Athletico para pressionar. Tévez, aos 27, quase marcou. Na sequência, o time xeneize achou espaços na defesa do Furacão, Ábila lançou Zárate, que chutou forte e Santos fez grande defesa.
Além da pressão do Boca Juniors, o Rubro-Negro viu sua situação ficar complicada aos 33. Wellington atingiu Tévez e, com rigor, o árbitro equatoriano Carlos Orbe expulsou o camisa 5. O time xeneize, então, foi todo para frente. O Furacão passou a abusar da catimba e recuou de maneira excessiva.
Com o Athletico bem fechado, o Boca Juniors passou a jogar pelos lados do campo. Pela esquerda ou pela direita, foi um festival de bolas levantadas na área do goleiro Santos. O Furacão, mesmo com as investidas a todo momento, conseguiu se segurar. Só que no último minuto levou o gol de Tevez.
FICHA TÉCNICA
LIBERTADORES
Grupo G – 6ª Rodada
Boca Juniors 2×1 Athletico
Boca Juniors
Andrada; Buffarini, López, Izquierdoz e Más; Marcone, Nández, Villa (Tévez) e Almendra (Pavón); Zárate e Benedetto (Ábila).
Técnico: Gustavo Alfaro
Athletico
Santos; Jonathan, Paulo André (Robson Bambu), Léo Pereira e Renan Lodi; Wellington, Léo Cittadini e Lucho González (Erick); Nikão, Rony e Marcon Ruben (Márcio Azevedo).
Técnico: Tiago Nunes
Local: Estádio La Bombonera (Buenos Aires-Argentina)
Árbitro: Carlos Orbe (Fifa-EQU)
Assistentes: Byron Romero (Fifa-EQU) e Christian Lescano (Fifa-EQU)
Gols: Marco Ruben, 20, López, 26, Tevez, 50 do 2º
Cartões amarelos: Más, Izquierdoz, Nández (BOC); Nikão, Léo Cittadini (CAP)
Cartão vermelho: Wellington (CAP)
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