Ele merece!

Bolinha, massagista e ídolo do Athletico, faz 60 anos

Bolinha e Tiago Nunes, dois idolatrados pela torcida atleticana,

“Bolinha! Bolinha! Bolinha!”. Esse é o grito mais ouvido em jogos do Athletico. São quase 26 anos de trabalho de Edmílson Aparecido Pinto como massagista do Furacão e quase 26 anos de idolatria de um dos personagens mais carismáticos do futebol paranaense. Vencedor no esporte e na vida, Bolinha completa 60 anos neste domingo (8) fazendo o que mais gosta – trabalhando em um jogo do Rubro-Negro, no caso o confronto com o Santos, às 16h, pelo Campeonato Brasileiro.

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Essa história começou em 1993. Bolinha já trabalhava no futebol há 18 anos, mas sua vida mudou quando o então diretor de futebol do Furacão, Jesus Vicentini, o contratou. Chegou em um clube com terríveis dificuldades financeiras – e, em parte pelo seu estilo característico, em parte pelo fato de o time não estar conseguindo resultados em campo, acabou adotado pelos torcedores.

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Bolinha e Tiago Nunes, dois idolatrados pela torcida atleticana,
Bolinha e Tiago Nunes, dois idolatrados pela torcida atleticana, festejam a épica classificação contra o Grêmio na Copa do Brasil. Foto: Jonathan Campos

O Athletico se transformou de lá para cá. Voltou à primeira divisão em 1995, chegou às quartas de final do Brasileiro em 1996, disputou a Libertadores de 2000, foi campeão brasileiro em 2001, vice em 2004, vice da Libertadores em 2005, vice da Copa do Brasil em 2013, campeão da Copa Sul-Americana em 2018, derrotou gigantes em 2019 e agora está às vésperas de disputar outra final da Copa do Brasil, a partir desta quarta-feira (11), contra o Internacional. Tudo mudou, mas Bolinha segue firme e forte.

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Não foi uma história fácil para o Furacão. Nem para Bolinha. Em 2007, foi tirado dos jogos para que um fisioterapeuta acompanhasse o médico do clube. A ausência dos campos o machucou – e uma campanha da torcida fez com que ele voltasse. Em 2011, um drama. Uma infecção abdominal quase tirou a vida do massagista. Uma cirurgia, mais de dois meses de internação e duas semanas na UTI. Ele superou, seguiu trabalhando na logística do clube.

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Sua volta aos campos foi mais comemorada do que uma contratação pelos atleticanos. Foi no ano passado, e de lá pra cá o grito de “Bolinha!” voltou a ecoar alto na Arena da Baixada. Na última quarta (4), quando da épica vitória sobre o Grêmio, era ele quem levava Tiago Nunes para ser festejado pela galera. Os dois ídolos do clube na atualidade comemoraram e choraram juntos. E mais uma prova de que Bolinha é mais do que um simples massagista, é um símbolo do Athletico.

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