“Gratidão é a voz do coração”. Quem não se lembra da icônica frase de Petraglia para Tiago Nunes quando o treinador saiu do Athletico? O próximo dia 05 de novembro marca um ano do rompimento conturbado entre as partes. Se o cartola rubro-negro gosta de dizer que “o tempo é o senhor da razão”, é inegável que o tempo, nesse caso, não foi bom para nenhum dos lados.
Petraglia já admite nos bastidores que uma reconciliação é possível, desde que haja pedido de desculpas. Já Tiago, que ainda não foi procurado pelo clube, está tranquilo. Vive adaptado em Curitiba e aguarda o telefone tocar. Se não for do Athletico, em breve, será de outra equipe brasileira. Ele pode até se dar ao luxo de esperar 2021 para assumir um novo trabalho.
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O fato é que existe uma boa vontade para o retorno de Tiago Nunes ao Athletico. O primeiro passo para isso acontecer foi a saída do diretor Paulo André. O segundo é a presença de Paulo Autuori no CT do Caju.
O experiente profissional de 64 anos é o mais indicado para reconciliar o presidente Mario Celso Petraglia e Tiago Nunes. O grande empecilho nessa história é o processo do técnico contra o clube em que ele alega não ter recebido R$ 1,1 milhão ao qual tinha direito por premiações e multa contratual.
Não podemos esquecer também que Autuori voltou para ser diretor, não técnico. É natural que ele próprio busque a melhor opção disponível no mercado para treinar o Furacão. E a melhor opção para o Athletico, atualmente, é Tiago Nunes.
A questão é saber se o Athletico é a melhor opção para o treinador. Campeão da Sul-Americana e Copa do Brasil, o gaúcho retornaria com cobrança elevada pelo sucesso obtido na passagem anterior. Porém, a realidade é outra: com um elenco enfraquecido, o Athletico precisa se preocupar em permanecer na Série A. Também existe a rejeição da torcida, mas que irá evaporar (ou já evaporou) na primeira sequência de vitórias.
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Outra possibilidade é de um acerto apenas para o final da temporada, em fevereiro de 2021, com Autuori seguindo no comando como planejado. Mas aí entram os resultados. E se o Athletico não reagir no Brasileirão? Vai correr o risco da degola?
De qualquer forma, o que nós sabemos é que palavra de dirigente não se compra e mágoa e ressentimento têm prazo de validade curto no futebol.
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