Doping no elenco!

Athletico tem episódio triste em meio a ‘momento mágico’

Petraglia destacou que jogadores são vítimas do caso. Foto: Felipe Rosa.

Em um ano emblemático da afirmação do Athletico no cenário do futebol nacional e sul-americano, um capítulo triste e que mancha um pouco a credibilidade do projeto atleticano. Na última segunda-feira, o presidente Mário Celso Petraglia não escondeu o abatimento durante a entrevista coletiva realizada na Arena da Baixada, para explicar os casos de doping do zagueiro Thiago Heleno e do volante Camacho.

Justamente no dia em que soube que seu adversário nas oitavas de final da Libertadores da América será novamente o Boca Juniors, em jogos de ida e volta, o mandatário veio a público admitir a falha do clube nesse episódio e isentar qualquer culpa dos dois jogadores.

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“É um momento muito bom e mágico que estamos vivendo em todos os sentidos. Infelizmente, a vida nos apresenta o inesperado. Jamais pensamos que pudesse acontecer, porque é uma condição que todo mundo sabe como deve agir e proceder. Lamentavelmente, houve vários acontecimentos e que chegou a essa situação trágica”, lamentou o dirigente.

Os culpados, em um processo interno aberto pelo Athletico, estão sendo caçados e serão penalizados. Tanto atletas, quanto comissão técnica, departamento médico e a nutrição do clube já foram ouvidos para maiores esclarecimentos. Segundo Petraglia, nenhuma hipótese neste momento foi descartada, inclusive, de ter acontecido uma sabotagem aos jogadores e ao clube. Por isso, até mesmo um inquérito policial pode ser aberto.

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“Nenhuma das respostas está eliminada. Foram poucos dias do ocorrido que ficamos sabendo de toda a situação. Nos causou um impacto muito grande. Uma crise que não estávamos esperando. Estamos buscando pessoas que nos ajudem e não está afastada a possibilidade de nós fazermos um inquérito policial, uma denúncia e um Boletim de Ocorrência. Hoje não podemos afirmar, seria leviano e primário. Mas, por enquanto, não afastamos nenhuma hipótese e nenhuma possibilidade”, comentou Petraglia.

O zagueiro Thiago Heleno e o volante Camacho ingeriram um suplemento que continha a substância Higenamina, que é proibida e serve para perda de peso e ganho de massa muscular. Segundo Petraglia, o suplemento foi feito em uma farmácia de manipulação e oferecido aos jogadores. Os dois foram os únicos que aceitaram. O defensor foi flagrado no exame antidoping na vitória por 1×0 sobre o Tolima, na Arena da Baixada, e está suspenso preventivamente por 60 dias. Já Camacho está aguardando os resultados dos exames que fez quando foi sorteado após os duelos contra Jorge Wilstermann, na Bolívia, e Vasco, pelo Brasileirão, na Arena da Baixada.

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“O departamento jurídico está encarregado da punição dos envolvidos. A recomendação da área trabalhista é que se fala a suspensão temporárias dessas pessoas, mas ainda não tivemos segurança absoluta de quais e quantas pessoas. Temos indicações fortes, mas ainda não seguras”, garantiu Petraglia.

Em diversos momentos da entrevista coletiva, o dirigente afirmou o momento mágico que o Athletico está vivendo atualmente. No entanto, para ele, o que importa agora é limpar a imagem do zagueiro Thiago Heleno e do volante Camacho, que acabaram se prejudicando pelos erros cometidos por funcionários do clube. Preço caro para o Furacão, que vinha cada vez mais se estabilizando como uma das forças do futebol brasileiro e sul-americano.

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“O clube vai pagar o preço pelo erro que cometeu e segue a vida. Temos que absorver isso, sermos grandes o suficiente para sabermos que as coisas acontecem e que a perfeição não existe. Houve a falha e vamos ter que conviver com isso. Somente o tempo para apagar isso e Deus queira que isso nunca mais se repita”, emendou o presidente.

Mais do que a imagem do clube, neste momento, Mário Celso Petraglia não escondeu sua preocupação com a sequência das carreiras dos atletas. O mandatário, inclusive, disse que vai entrar em contato com Corinthians, detentor dos direitos do volante, para pagar algum tipo de indenização por conta desses acontecimentos.

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“Fomos ao clube e eu mesmo liderei essa busca por informações. Entrevistamos todos os envolvidos. O Athletico dará todas as condições possíveis e imagináveis para esses atletas, mas não serão suficientes. Não existe solução. É uma morte. Como se concerta isso? É deixar com menos dor, mas é da vida e lamentavelmente não tem preço. Faremos tudo, mas será muito pouco”, concluiu Petraglia.

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