O Athletico principal entrará em campo nesta terça-feira (2) para apenas o seu terceiro jogo na temporada, mas certamente já sendo o seu maior desafio. Diante do Boca Juniors, da Argentina, às 21h30, na Arena da Baixada, o Furacão terá pela frente um adversário bem diferente dos já enfrentados até aqui na Libertadores.

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Se até aqui, o Rubro-Negro encontrou pela frente times tecnicamente inferiores, agora será um verdadeiro teste de fogo para os comandados de Tiago Nunes. Contra o Deportes Tolima, o time encarou um adversário que jogava em casa e não tinha medo de ir pra cima. Diante do Jorge Wilstermann, na Arena, pegou uma equipe recuada, esperando contra-ataque, mas sem ter trabalho na defesa. Agora, a tendência é uma mescla.

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O Boca Juniors veio para Curitiba para buscar a vitória, então adotará uma postura mais ofensiva. O 4-3-3 armado pelo técnico Gustavo Alfaro prova isso. Lá na frente, o treinador está ainda na dúvida entre o meia Reynoso e o atacante Zárate. A tendência é que o segundo jogue, aberto pela esquerda, para dar mais velocidade no setor, com Villa atuando pela direita com o mesmo objetivo. Com isso, Tévez ficaria mais centralizado, jogando um pouco mais atrás de Benedetto.

Benedetto é o homem de referência do Boca e será bastante acionado, por cima ou em jogadas de velocidade. Foto: Albari Rosa
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Uma ofensividade que pode ser explorada justamente por um buraco que pode ficar no meio-campo. Se vai segurar os laterais, principalmente Renan Lodi, que terá que ter um maior cuidado com a marcação e não atacar tanto, o quarteto ofensivo fica muito distante dos volantes Marcone e Nández. O segundo, aliás, é um dos principais jogadores dos Xeneize e surge como elemento surpresa lá na frente, permitindo ainda mais espaços para o povoado meio-campo atleticano, que conta com dois volantes que também surgem mais à frente.

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O principal deles é Bruno Guimarães, que deve ter total liberdade para rondar a área argentina e ajudar Tomás Andrade na armação das jogadas. Além deles, o primeiro volante também sabe sair jogando. Camacho ou Lucho González ficarão com a posição e também têm costume de marcar menos, principalmente o argentino, que tem experiência de sobra e pode ser a novidade na escalação.

O trio, aliás, pode ser decisivo para a vitória. Com tantos homens lá na frente, os laterais do Boca, Buffarini e Más, devem subir menos ao ataque, diminuindo os espaços de Nikão e Rony, que terão que abusar das jogadas individuais para se livrar da marcação. Com isso, a tendência é que a arma do Furacão seja jogar pelo meio, o que não é o habitual do Furacão.

Bola aérea é um dos pontos fracos do Furacão e deve ser utilizada pelos argentinos. Foto: Albari Rosa

Atenção redobrada

Mas, mais do que se preocupar em como atacar, o Athletico precisa se cuidar lá atrás, com algo que atrapalhou muito o time na Colômbia e pode incomodar novamente: a bola aérea.

Com jogadores de velocidade pelo lado e com Benedetto como homem de referência, o chuveirinho deve ser utilizado com frequência pelo Boca Juniors. Ainda mais por ser o ponto fraco do Rubro-Negro, que ainda vem sofrendo muito com os adversários neste ponto.

Mais do que conseguir afastar os cruzamentos, o Furacão deve se preocupar muito em evitar que as bolas sejam alçadas, até para rapidamente ligar contra-ataques e chegar ao gol para definir a partida.

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