O Athletico principal entrará em campo nesta terça-feira (2) para apenas o seu terceiro jogo na temporada, mas certamente já sendo o seu maior desafio. Diante do Boca Juniors, da Argentina, às 21h30, na Arena da Baixada, o Furacão terá pela frente um adversário bem diferente dos já enfrentados até aqui na Libertadores.
Se até aqui, o Rubro-Negro encontrou pela frente times tecnicamente inferiores, agora será um verdadeiro teste de fogo para os comandados de Tiago Nunes. Contra o Deportes Tolima, o time encarou um adversário que jogava em casa e não tinha medo de ir pra cima. Diante do Jorge Wilstermann, na Arena, pegou uma equipe recuada, esperando contra-ataque, mas sem ter trabalho na defesa. Agora, a tendência é uma mescla.
+ Leia também: Confira todas as informações sobre Athletico x Boca Juniors!
O Boca Juniors veio para Curitiba para buscar a vitória, então adotará uma postura mais ofensiva. O 4-3-3 armado pelo técnico Gustavo Alfaro prova isso. Lá na frente, o treinador está ainda na dúvida entre o meia Reynoso e o atacante Zárate. A tendência é que o segundo jogue, aberto pela esquerda, para dar mais velocidade no setor, com Villa atuando pela direita com o mesmo objetivo. Com isso, Tévez ficaria mais centralizado, jogando um pouco mais atrás de Benedetto.
![Benedetto é o homem de referência do Boca e será bastante acionado, por cima ou em jogadas de velocidade. Foto: Albari Rosa](https://www.tribunapr.com.br/wp-content/uploads/sites/1/2019/04/2905d234-b799-4946-9ab4-8185173c6a5f-1.jpg)
Uma ofensividade que pode ser explorada justamente por um buraco que pode ficar no meio-campo. Se vai segurar os laterais, principalmente Renan Lodi, que terá que ter um maior cuidado com a marcação e não atacar tanto, o quarteto ofensivo fica muito distante dos volantes Marcone e Nández. O segundo, aliás, é um dos principais jogadores dos Xeneize e surge como elemento surpresa lá na frente, permitindo ainda mais espaços para o povoado meio-campo atleticano, que conta com dois volantes que também surgem mais à frente.
+ Mais na Tribuna: Athletico já venceu o Boca na sua história
O principal deles é Bruno Guimarães, que deve ter total liberdade para rondar a área argentina e ajudar Tomás Andrade na armação das jogadas. Além deles, o primeiro volante também sabe sair jogando. Camacho ou Lucho González ficarão com a posição e também têm costume de marcar menos, principalmente o argentino, que tem experiência de sobra e pode ser a novidade na escalação.
O trio, aliás, pode ser decisivo para a vitória. Com tantos homens lá na frente, os laterais do Boca, Buffarini e Más, devem subir menos ao ataque, diminuindo os espaços de Nikão e Rony, que terão que abusar das jogadas individuais para se livrar da marcação. Com isso, a tendência é que a arma do Furacão seja jogar pelo meio, o que não é o habitual do Furacão.
![Bola aérea é um dos pontos fracos do Furacão e deve ser utilizada pelos argentinos. Foto: Albari Rosa](https://www.tribunapr.com.br/wp-content/uploads/sites/1/2019/04/bola-aerea-pode-ser-problema-para-o-athletico.jpg)
Atenção redobrada
Mas, mais do que se preocupar em como atacar, o Athletico precisa se cuidar lá atrás, com algo que atrapalhou muito o time na Colômbia e pode incomodar novamente: a bola aérea.
Com jogadores de velocidade pelo lado e com Benedetto como homem de referência, o chuveirinho deve ser utilizado com frequência pelo Boca Juniors. Ainda mais por ser o ponto fraco do Rubro-Negro, que ainda vem sofrendo muito com os adversários neste ponto.
Mais do que conseguir afastar os cruzamentos, o Furacão deve se preocupar muito em evitar que as bolas sejam alçadas, até para rapidamente ligar contra-ataques e chegar ao gol para definir a partida.
+ APP da Tribuna: as notícias de Curitiba e região e do Trio de Ferro com muita agilidade e sem pesar na memória do seu celular. Baixe agora e experimente!