Lições do passado

Athletico não quer repetir erros das duas últimas Libertadores

Em 2014, Athletico desfez boa parte do time do ano anterior e apostou em técnico e jogadores desconhecidos e também em Adriano, que pouco jogou. Foto: Albari Rosa

Daqui seis dias, o Athetico principal, enfim, irá estrear na temporada 2019. Após quase dois meses se preparando, o Furacão já terá pela frente o duelo contra o Tolima, da Colômbia, pela Libertadores. E ao contrário das duas últimas vezes que disputou a competição continental (2014 e 2017) e não foi bem, desta vez o Rubro-Negro segue uma outra linha para se dar bem no torneio.

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Base do ano anterior mantida, contratações pontuais e, principalmente, tempo para treinar. Talvez estas sejam as grandes diferenças deste novo Athletico, que sonha em ir mais longe e não repetir os baixos desempenhos das últimas participações.

Em 2014, o Furacão chegava com pompa. Havia terminado 2013 como vice-campeão da Copa do Brasil e terceiro colocado no Brasileirão. Só que viu boa parte daquele elenco ir embora. Nomes como os do zagueiro Luiz Alberto e dos meias Paulo Baier e Everton não permaneceram. Além deles, o técnico Vágner Mancini não renovou e para o seu lugar o clube apostou no espanhol Miguel Ángel Portugal (que atualmente comanda o Jorge Wilstermann, da Bolívia, adversário atleticano nesta Libertadores) para assumir o cargo.

No elenco, jogadores pouco conhecidos, como Mirabaje, Lucas Olaza, Carlos César e muitos garotos da base. Só que quem mais chamava a atenção era o atacante Adriano. O Imperador chegou sob polêmica, sem jogar há dois anos e fora de forma. Era uma aposta do Rubro-Negro, mas que acabou não dando certo. O jogador até chegou a marcar um gol, mas atuou em apenas três partidas da Libertadores, totalizando 101 minutos em campo.

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Naquele ano, com um regulamento diferente, o Athletico jogou a fase preliminar com o Sporting Cristal, do Peru, logo em janeiro e precisou dos pênaltis para avançar para a fase de grupos, mas acabou ficando por ali. No total, disputou oito jogos naquela Libertadores, somando três vitórias, dois empates e três derrotas, sendo eliminado após uma derrota para o The Strongest, da Bolívia.

Base mantida, escolhas erradas

Já em 2017, mais uma vez o Furacão teve que encurtar sua pré-temporada. Desta vez, no atual regulamento, tinha dois confrontos pela frente até chegar aos grupos do torneio continental. Por isso, em janeiro já ia a campo e teve menos de um mês para treinar. A diferença em relação a 2014 é que a base foi mantida. Começando pelo técnico.

Carlos Alberto foi um dos medalhões do Furacão em 2017. Embora tenha feito um gol importante, não vingou. Foto: Arquivo
Carlos Alberto foi um dos medalhões do Furacão em 2017. Embora tenha feito um gol importante, não vingou. Foto: Arquivo

Paulo Autuori seguiu no cargo e o responsável por pontar o elenco do ano seguinte. Do time considerado titular daquele que terminou em sexto o Brasileirão de 2016, apenas o volante Hernani foi embora. E no retorno à Libertadores, o clube investiu alto.

A principal contratação foi o meia Felipe Gedoz, que custou R$ 5 milhões aos cofres rubro-negros. Só que o principal foco no mercado foi em jogadores experientes. E nesta leva, vieram o lateral-direito Jonathan, o meia Carlos Alberto e os atacantes Grafite e Eduardo da Silva. Depois, ainda chegaram o meia Guilherme e o lateral-esquerdo Fabrício.

De todos eles, só Jonathan – que segue no clube até hoje – vingou. As apostas acabaram não dando certo e, depois de se classificar para as oitavas de final com muita emoção, após uma vitória de virada por 3×2 sobre a Universidad Católica, no Chile (curiosamente com gols de Carlos Alberto e Eduardo da Silva), o Athletico foi eliminado pelo Santos na fase seguinte.

Agora, para 2019, os erros parecem ter sido aprendidos. Como reforços, jogadores experientes em Libertadores, como o atacante Marco Ruben e o meia Tomás Andrade, mas que não estão na reta final da carreira. Pelo contrário. Além disso, o time de 2018 e a comissão técnica foram mantidos, o que pode ser um facilitador para a equipe, que chega querendo um algo mais nesta Libertadores.

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