O encontro entre Athletico e Grêmio pela semifinal da Copa do Brasil, nesta quarta-feira (14), às 21h30, tem um ar de nostalgia. É que a duas equipes já se encontraram na mesma fase da competição em 2013, quando o Furacão levou a melhor. No jogo de ida, disputado na Vila Capanema, o Rubro-Negro levou a melhor e venceu por 1×0, com gol de Delatorre. Na volta, na casa gremista, o empate sem gols garantiu o time, à época comandado por Vagner Mancini, na decisão contra o Flamengo.
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Apesar de seis anos já terem se passado, dois remanescentes daquela disputa vão se reencontrar nas duas partidas das semifinais – o jogo da volta está agendado para o dia 4 de setembro. Do lado atleticano, o atacante Marcelo Cirino volta a viver a emoção de entrar em campo com a camisa do Furacão, desta vez com muito mais maturidade. Já do lado gremista, quem participa outra vez mais do embate é o técnico Renato Gaúcho, que viu seu time ser eliminado em plena Arena do Grêmio.
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Na edição daquele 7 de novembro da Tribuna do Paraná, o zagueiro Luiz Alberto vibrava com a classificação, acompanhado pela manchete “Falta o Fla: Furacão a dois passos do título”. Na capa, o resumo da história: foi de matar cardíaco! Afinal, segurar o Grêmio com a sua torcida fungando no cangote o tempo todo não foi tarefa para os fracos.
Além da reportagem do jogo, a edição trouxe, ainda, a euforia de Mancini com a conquista da vaga inédita pra final da Copa do Brasil, um feito que entrou pra história. “O Atlético fez por merecer. Não foi brilhante em termos técnicos, mas teve muita garra e chegou ao seu objetivo”, declarou o treinador após carimbar o passaporte pra decisão do torneio.
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Na coluna de Augusto Mafuz, a tradução cirúrgica do sentimento atleticano depois daquele jogo. “No futebol, a alegria que se segue à agonia, é a mais forte de todas. Há uma confusão de sentimentos: o resto do medo e a certeza de que a vitória está consumada. Só, então, é que vem a alegria como sentimento espontâneo, saudável e definitivo”.
Tamanha conquista só não foi mais emblemática porque, na final, quem ficou com o título foi o Flamengo, que segurou um empate no primeiro jogo e venceu o Furacão por 2×0, no Maracanã. De qualquer forma, a heroica classificação do Rubro-Negro em Porto Alegre, certamente é uma das gratas memórias da nação atleticana.