O Athletico entrou em campo para encarar o General Díaz, na noite de quarta-feira (13), na Arena da Baixada, praticamente repetindo a receita do sucesso de 2018. Mesmo sem dois dos seu principais jogadores, o meia Raphael Veiga e o atacante Pablo, que foram para Palmeiras e São Paulo, respectivamente, o técnico Tiago Nunes escalou um Furacão com a mesma formação tática, apenas com alguns ajustes.
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Com praticamente força máxima – exceção do do lateral-esquerdo Renan Lodi e do meia Nikão, que ficaram no banco, e do volante Lucho González, poupado, e do lateral-direito Jonathan, lesionado -, o Rubro-Negro foi a campo com o mesmo 4-1-4-1 da última temporada, com traços do tradicional 4-3-3. Só que, diante das troças de peças, ao invés de dois volantes e um armador centralizado, a postura foi de um primeiro volante (Wellington) e dois segundos volantes (Bruno Guimarães e Léo Cittadini), que tinham mais liberdade de chegar na frente.
E diante de um fraco adversário, esses elementos surpresas funcionaram bem. Principalmente Bruno Guimarães, que foi o destaque do jogo, aparecendo constantemente próximo da área. Além dele, Rony mostrou velocidade e que pode beliscar uma vaga no time, atuando de forma bem mais incisiva do que no ano passado.
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Só que, aos poucos, Nunes foi fazendo testes. O 4-1-4-1 em um certo momento do primeiro tempo virou um 3-4-3, com Wellington fechando a linha de zagueiros com Thiago Heleno e Léo Pereira, Madson, Léo Cittadini, Bruno Guimarães e Márcio Azevedo formando uma linha de quatro no meio-campo e os três atacantes mais à frente. Com pouco trabalho na defesa, a ideia foi povoar o meio-campo e fazer a bola chegar lá na frente mais rápido.
“Já temos muito consolidado o 4-4-2, desde o tempo do Paulo (Autuori). Usamos ele do início ao fim, mas em alguns momentos ficamos carentes de um maior repertório. Isto ficou bem evidente na final (da Sul-Americana), contra o Junior (Barranquilla). Temos treinado e estamos planejando uma outra variação, com três zagueiros ou cinco atrás, mas muito mais circunstancial, quando precisarmos defender um pouco mais”, explicou o técnico Tiago Nunes.
Já no segundo tempo, os 11 titulares foram substituídos, justamente para avaliar todas as peças que o técnico tem à disposição, mas sem fugir da principal característica do 4-3-3. No ataque, aliás, enquanto esteve em campo Marco Rúben se mostrou à altura de Pablo. Só que na armação, o treinador viu que terá um problema.
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Sem ninguém com as características de Raphael Veiga no elenco, iniciou com o volante Léo Cittadini, com uma outra função. Na etapa final, testou Tomás Andrade, que rapidamente deixou a posição para cair pelos lados, ora pela esquerda, ora pela direita. Até por isso a variação tática foi utilizada, para encontrar uma nova forma de jogar. Inclusive com Nikão atuando como centroavante.
“Hoje vimos uma variedade gigantesca de posicionamento. Vimos o Nikão na direita, na esquerda e de centroavante, o Tomás (Andrade) por dentro e por fora, movimentos diferentes de vários atletas, justamente para criar repertório”, completou o comandante atleticano.
É bem verdade que em um único amistoso é impossível definir a postura que o Athletico terá daqui pra frente. Mas mesmo com uma base mantida, o Rubro-Negro teve dificuldades. Tanto que diante de um adversário que em nenhum momento se impôs, o Furacão teve dificuldades para criar chances efetivas e só conseguiu marcar em duas jogadas de bola parada – com Marco Rúben marcando de cabeça após cobrança de escanteio e Nikão batendo falta -.
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