Após acabar cedendo o empate em 1×1 para a Chapecoense, na manhã de domingo (5) pelo Campeonato Brasileiro, o Athletico não terá tempo para remoer o placar, já que nesta semana tem um importante compromisso diante do Boca Juniors, pela Libertadores. O confronto na casa dos hermanos, que acontecerá na próxima quinta-feira (9), vai definir o líder do Grupo G da competição, o que pode significar um importante início na fase de mata-mata.
O técnico Tiago Nunes quer concentração para que seu time, antes de pensar somente na vitória, jogue, acima de tudo, com tranquilidade no memorável estádio La Bombonera, na Argentina. Porém, o Rubro-Negro chega para o duelo com a pressão de ainda não ter vencido – com o time principal – fora de casa nesta temporada.
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Com derrotas para Tolima, da Colômbia, e Jorge Wilstermann, da Bolívia, pela Libertadores, e para o Fortaleza, no Brasileirão, além do empate com a Chape, o treinador acredita ser natural que a equipe oscile os resultados dentro e fora da Arena da Baixada. Alguns dos importantes triunfos conseguidos em casa pelo Furacão foram as goleadas por 4×0 em cima do Wilstermann, 3×0 no Boca Junios e 4×1 sobre o Vasco, indo totalmente na contramão dos tropeços longe da torcida.
“É algo geral do futebol como um todo as equipes não renderem tanto fora de casa, sempre digo isso. É inviável manter o alto nível sempre. Poucas equipes mantêm o mesmo ritmo dentro e fora”, explicou Nunes, que destacou o grau de dificuldade que encontrará em Buenos Aires.
“Assim como é difícil tirar pontos da Chape, também será com o Boca lá. Esse jogo na Argentina tem um fator local muito diferente. Mas estamos indo sem o peso do resultado porque já estamos classificados”, deixou claro o comandante atleticano.
A vaga já confirmada nas oitavas de final fez o Athletico já atingir uma primeira importante meta na competição e isso pode tirar até o peso do time contra o Boca, uma vez que o empate serve para manter o primeiro lugar.
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“Nossa proposta inicial era conseguir a classificação, então a gente vai ‘leve’, sem precisar de resultado, mas queremos jogar bem. Se conseguirmos superar eles lá, aí, sem dúvida, vai ser um resultado ainda mais lembrado do que foi aqui”, destacou Tiago Nunes.
Para esta ‘decisão’, o técnico pode até ousar na formação. Diante da Chape, o treinador utilizou um esquema tático 3-5-2, além de colocar em campo muitos atletas considerados reservas, visando poupar seus titulares. Ainda que deva jogar com seu elenco principal, Nunes não descarta mexer na maneira de seu time se apresentar em campo. Porém, ainda que mexa em suas peças, ele garante que manterá sua principal característica.
“A gente tem uma ideia de sair jogando, tentar o gol. Difícil não é (as chances de mudar o esquema). A questão é estudar com calma o adversário, não vou facilitar para o (Gustavo) Alfaro (técnico do Boca), mas temos que ver vários fatores antes de qualquer coisa. A gente tem como mudar, mas o DNA desse time, a nossa essência, é buscar o gol e tentar vencer sempre”, arrematou.
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