Finanças

Por causa do coronavírus, Athletico e Fomento suspendem negociação de dívida da Arena

Crédito: Jonathan Campos/Arquivo/Gazeta do Povo

Advogados de Athletico e Fomento Paraná se reuniram na última segunda-feira (16) para a terceira rodada de negociação sobre a dívida da Arena da Baixada.

A mediação, no entanto, apresentou pouca evolução e as conversas foram suspensas por 120 dias por causa da pandemia do novo coronavírus. Ou seja, uma nova sessão só deve acontecer, no mínimo, a partir de julho.

O Furacão tenta um acordo para o pagamentos dos R$ 291 milhões emprestados pelo clube para a reforma do estádio para a Copa do Mundo de 2014. Atualmente, com encargos, multas e juros, a dívida já ultrapassa R$ 600 milhões.

O Rubro-Negro tem aproveitado os altos valores somados em transferências de jogadores para rechear um caixa específico para quitar o débito com a agência de desenvolvimento.

Entenda o caso

Enquanto busca chegar a um consenso com a Fomento, o clube também aguarda a finalização da perícia realizada no estádio pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Em novembro de 2018, o clube garantiu na Justiça um pedido de antecipação de provas para avaliação do valor exato da reforma da Arena – o Ministério Público do Paraná (MP-PR) se posicionou contra.

O valor total da perícia, de R$ 600 mil, está sendo pago em parcelas pelo Athletico. A análise, no entanto, ainda deve demorar mais alguns meses para ser finalizado.

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Só depois de finalizada a perícia que o processo deve voltar a andar na 4ª Vara de Fazenda Pública de Curitiba. No ano passado, o clube apelou da execução imediata da dívida, que passa de R$ 600 milhões. Ainda não houve julgamento.

O argumento da defesa é de que o Athletico seria responsável por um terço do custo da obra. O restante, conforme estipulado no acordo tripartite, seria dividido entre governo estadual e prefeitura de Curitiba.

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O município, no entanto, entende que a divisão correta é a do valor que consta no segundo aditivo do contrato do convênio: R$ 184,6 milhões.

Em ofício assinado pelo então chefe da Casa Civil do governo Beto Richa, Eduardo Sciarra, o estado já se posicionou pela divisão igualitária do total da reforma. O número final, próximo de R$ 346 milhões, será determinado via perícia.

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