Sinal de alerta

Athletico reconhece que precisa encontrar alternativas pra sair da pressão

O São Paulo era até então o maior freguês do Athletico na nova Arena da Baixada. O Furacão sempre se sobressaia sobre o tricolor paulista, mas acabou sucumbindo pelo segundo ano seguido e perdeu por 1×0, dentro do Caldeirão. De quebra, também desperdiçou a chance de encostar no G6 do Campeonato Brasileiro. O duelo diante dos são-paulinos escancarou algumas fragilidades da equipe. Por ter se destacado nos últimos tempos, o Furacão passou a ser visado pelos adversários e não tem criado alternativas para sair da marcação dos seus oponentes.

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Diante do São Paulo, ficou clara a falta de repertório do Athletico para sair da eficiente marcação imposta pelos comandados do técnico Cuca. Não apenas pela derrota – a segunda dentro de casa no Brasileirão -, mas também plea atuação do Furacão, que deixou a desejar. Por isso, o sinal de alerta foi ligado e o time atleticano precisa criar novas estratégias para ter mais regularidades nas suas apresentações e nos resultados.

“Os adversários têm nos estudado bastante. Às vezes, pegamos a bola e já vêm dois jogadores nos pressionando, em jogadas que antes funcionavam muito bem. Precisamos criar alternativas para voltar a jogar o futebol que encantou nossa torcida, mas isso só com muito treino. Eu mesmo recebo algumas bolas e já não tenho a mesma liberdade”, afirmou o volante Bruno Guimarães.

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Contra o Tricolor, o Athletico fez um jogo de dois tempos distintos. Na primeira etapa, o Furacão praticamente não chegou ao gol. Foi presa fácil para a eficiente marcação do time paulista e, em um contra-ataque, acabou tomando o gol que custou a derrota dentro da Arena da Baixada. No segundo tempo, o Furacão até procurou reagir e, recheado de atacantes e de maneira um pouco desorganizada, pressionou o adversário em busca do empate, mas não teve sucesso.

Essa ‘falsa’ pressão que o Athletico deu sobre o São Paulo nos minutos finais da partida satisfez o técnico Tiago Nunes. “Saio mais satisfeito da performance de hoje (quarta-feira) do que contra o Atlético-MG. Criamos mais e fomos mais consistentes do que quando vencemos. Defensivamente fomos mais equilibrados, ganhamos mais duelos. Então, nesse sentido a gente busca por alternativas, mas sem mudar a organização que temos. Chegamos com cinco ou seis jogadores na área, mas por detalhe de um metro para lá ou para cá, por tomadas de decisões, não vencemos esse jogo”, apontou o treinador.

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O certo mesmo é que o Athletico precisa se reinventar. A equipe tem atuado de forma previsível, o que facilita um pouco a vida dos adversários. Antes de decidir uma vaga na decisão da Copa do Brasil, diante do Grêmio, dia 4 de setembro, o Furacão tem dois jogos pelo Campeonato Brasileiro contra o próprio tricolor gaúcho, em Porto Alegre, e diante do Ceará, na Arena, para tentar acabar com a oscilação que vive na competição.

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Essa alternância explica um pouco porque o Athletico está na zona intermediária da classificação. Na última rodada, poderia ter entrado de vez na briga pelo G6, mas acabou perdendo para o São Paulo. Por isso, uma vitória contra o Grêmio é fundamental para melhorar seu nível de atuação no Brasileirão e, de quebra, dar mais moral pro time decidir a vaga na final da Copa do Brasil, na semana que vem.

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